Muito tem se falado sobre educação positiva, educar com apego, e um monte de outros termos que traduzem a forma de educar atualmente. Acho tudo isso válido, mas para educar e criar bem, pouco se precisa de nome, e sim de modelo.

Falha nossa acreditar que nossos filhos vão ser educados apenas quando compreenderem significados e palavras, souberem ler ou terem mais de 3 anos.

Nossas crianças estão sendo educadas dia a dia, desde o momento que nascem e não só pela mãe ou pelo pai, mas pela escola, babá, avó e com quem quer que tenha íntimo contato. As crianças aprendem por associação antes de aprenderem a compreender de fato os comandos.

E pode acreditar, eles conseguem entender quase tudo sem saber falar uma só palavra. E como pode isso? Eles observam o mundo ao se redor e percebem como você age nele, os itens que você pega na mão para fazer determinada coisa, sua expressão facial, seu semblante e tom de voz.

Prontinho! Eles sabem que é hora de passear, de dormir, que quando jogam objetos no chão alguém os pega e quando tudo dá errado eles choram, como um teste descobrem se a sua vontade consegue ser feita ou não.

Então, eles repetem o processo, dia após dia, aumentando a complexidade de seu entendimento, até o dia que vocalizam sons, caminham pelas próprias pernas e agem pelas próprias vontades. É simplesmente fascinante, a complexidade e inteligência do ser humano, e os bebês assim o fazem: entender como é esse “negócio” de ser humano.

Vejam só como a educação fica nas entrelinhas, em pequenas situações cotidianas – nos afazeres domésticos, dentro da rotina básica.

Não são necessários grandes desastres ou feitos. O dia a dia acontece ali, aos olhos de seu filho e ele nota absolutamente tudo. Vamos lá então, o que fazer para ser mais assertivo nestes momentos diários e até mesmo nos mais desagradáveis, para ensiná-los melhor?

• Comunique-se com seu filho de modo claro, mesmo sendo bebê. Ele está batendo a cabeça na parede? Beliscando? Posicione-se de forma clara e mostre sua expressão de desagrado, dizendo que não deve ser feito. Mostre também a sua dor quando você é beliscado – e assim você o ensina limites e empatia com a dor do outro.

• Você combinou de passear com seu filho e choveu? Ele irá se frustrar, irá chorar e ficar triste. Ok. É a vida acontecendo. Deixe-o demonstrar sua insatisfação, o abrace e diga que algumas vezes não podemos mudar as coisas.

• Quando algo te frustrar mostre a ele, como você pode reduzir o sofrimento e como pode aprender com aquela situação. • Não o impeça de chorar, ou de ficar chateado, eles devem expor suas emoções e você deve ajudá-lo a nomear os sentimentos. Eles sentem, mas não sabe o que são.

• Para bebês pequenos, uma rotina bem estruturada, muito amor, colo, calma e autoconhecimento materno, já são suficientes. Seja você, sua família, seja seu próprio instinto e bom senso, não precisa de nomes para o modo como você educa seu filho. Mas eduque com amor, com a finalidade de construir uma pessoa com caráter, íntegra e humana, estamos educando para pais e para paz.

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Atendo na Clínica Integrare, anexo à Salutar Centro de Saúde, Jardim Maluche. Você também pode me chamar no WhatsApp 47 99266-2028