Efetivo do Instituto Geral de Perícias (IGP) continua defasado
Nomeação de um auxiliar médico legal é insuficiente para a demanda
O Governo Estadual publicou no dia 7 de junho no Diário Oficial, a nomeação de 23 novos funcionários para ocupar vagas de auxiliar médico legal, do Instituto Geral de Perícias (IGP) de 13 municípios catarinenses, entre eles Brusque. Os nomeados foram aprovados em concurso público realizado em 2010. Na última quinta-feira, 4 de julho, os novos servidores tomaram posse e iniciaram esta semana um curso de formação profissional na Academia de Policia Civil (Acadepol) em Florianópolis. O curso deve terminar em setembro e logo em seguida os nomeados assumem seus cargos nas respectivas cidades.
Dos servidores para Brusque, apenas um auxiliar médico legal foi nomeado. Rogério Tridapalli Júnior deve trabalhar no setor do Instituto Médico Legal no IGP, auxiliando médicos, exames de lesão corporal e necropsia. Para o perito criminal no IGP de Brusque, Álvaro Augusto Mesquita Hamel, o novo funcionário será de extrema importância, mas o efetivo ainda é pouco. “A gente precisa de pelo menos mais um perito médico, um perito um criminal, um auxiliar médico além desse que foi nomeado e mais três ou quatro auxiliares criminalísticos, que trabalhariam no setor de identificação” admite Hamel.
Atualmente o setor de identificação é o mais defasado. São seis estagiários para o atendimento ao público na confecção de carteiras de identidade, sendo dois deles estagiários do IGP da cidade e outros quatro cedidos pela SDR de Brusque, e pelas prefeituras de Brusque e Botuverá. “Eles são cedidos de outros órgãos, ficamos na dependência, se eles precisarem retirá-los ficamos sem funcionário, porque não temos quem repor. Ficamos numa corda bamba, porque não sabemos se amanhã vamos ter os seis. Temos que agradecer e enaltecer esses órgãos, porque estão ajudando muito” reconhece ele.
Atendimento
O perito ainda garante que o atendimento não é prejudicado pela falta de efetivo. “Hoje conseguimos atender todas as pessoas que chegam aqui. Fila não tem. Em 15 minutos é atendido, 30 minutos no máximo. Mas as pessoas vêm cedo, abrimos a porta às 13h e já tem 15 pessoas esperando” conta.
O principal problema segundo o perito, é que a população não se informa sobre a documentação necessária para a emissão da carteira de identidade e acaba tendo que voltar mais de uma vez ao IGP para concluir o processo.
Segundo a assessoria de imprensa do Instituto Geral de Perícias do Estado, não há previsão para a nomeação de novos servidores em Santa Catarina. Álvaro acrescenta que os funcionários ficam sobrecarregados com a falta de efetivo. “Para nós gera um desgaste fantástico. Tudo que entra aqui a gente dá um jeito de fazer com o nosso sacrifício, mas são jornadas excessivas de trabalho” lamenta.