“Ela está interditada”: familiar do proprietário da casa que cedeu no Azambuja se manifesta sobre o caso
Defesa Civil e Fundema também esclareceram a situação
Defesa Civil e Fundema também esclareceram a situação
O jornal O Município conversou na manhã desta quinta-feira, 5, com um dos vizinhos da casa que está localizada no Azambuja e que preocupa outros moradores. De acordo com imagens enviadas ao jornal, a residência apresentou danificações na estrutura após as chuvas da quarta-feira, 4, e supostamente corre o risco de cair.
O morador, que agora está alojado no albergue municipal, falou que a decisão (de sair da própria casa) partiu da Defesa Civil, que julgou preocupante a situação do imóvel em questão.
Questionado, o coordenador da Defesa Civil de Brusque, Edevilson Cugiki, confirmou que esteve no local e que de fato orientou as famílias vizinhas. “O caso deste imóvel está na justiça, não podemos comentar mais detalhes. Há quatro pessoas no albergue”, complementou.
Em entrevista exclusiva ao jornal O Município, uma familiar do proprietário do imóvel, que não quis se identificar na matéria, disse que um dos motivos pelo estado atual da casa seria uma escavação que teria sido feita por um dos vizinhos.
“Nessa ação ele tirou todo o barro que calçava a casa e este caso está na justiça. A casa já está interditada desde o ano passado e um aluguel está sendo pago. Até agora não houve acordo entre as partes”, disse.
Questionada se o vizinho tinha a autorização para realizar a escavação, a familiar disse que não. Pelo contrário, relatou que a única autorização existente era para realizar uma limpeza e uma poda no local.
“O proprietário (da casa que cedeu) foi diversas vezes lá na Fundema (quem emite as autorizações). Falaram para ele que de fato não havia autorização para que o vizinho realizasse a escavação”. A residência está localizada na rua João Vanolli, no bairro Azambuja.
Segundo o setor de fiscalização da Fundema, o imóvel abaixo da casa em questão teve uma autorização emergencial da Defesa Civil.
“Houve deslizamentos na parte dos fundos da propriedade desse vizinho que mora embaixo. Na época, também houve uma notificação para que se regularizasse a intervenção, porém, aparentemente, não houve acordo com o vizinho de cima, que não permitia o acesso ao seu terreno para finalizar as obras de melhoria”, complementou o diretor-geral da Fundema, Cristiano Olinger.
Questionado especificamente sobre a autorização que teria sido dada pela Defesa Civil, o diretor deixa claro que se tratou de algo emergencial.
“Foi emergencial pois houve deslizamento e, inclusive, atingiu até a piscina do morador debaixo. Segundo os fiscais, ele já tinha quase finalizado o serviço onde iria chapar o talude com argamassa, porém, infelizmente, veio essa nova enxurrada e parece que também houve um novo deslizamento”, concluiu.
Sem remédios, venezuelana se muda para Brusque para tratamento da filha: