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Elaboração do Plano Municipal de Mobilidade de Brusque não avança

Elaboração do plano foi prejudicada pelas trocas de gestão; novo prefeito terá a missão de continuar planejamento

O governo federal prorrogou no mês passado o prazo para que municípios com mais de 20 mil habitantes elaborem o Plano Municipal de Mobilidade Urbana. O prazo inicial terminou em abril deste ano. Agora, os municípios têm até abril de 2019 para elaborarem o documento.

Brusque tem a base de seu plano de mobilidade, no entanto, o município não conseguiu levar o projeto adiante devido, principalmente, às trocas de gestão na prefeitura. Atualmente, a discussão do plano está parada. “Montamos o esqueleto básico do plano de mobilidade para ser discutido com a comissão, mas aí houve as trocas de gestão e não teve mais prosseguimento”, diz Paulo Sestrem, técnico de circulação e tráfego e ex-secretário de Trânsito e Mobilidade de Brusque.

Como o prazo foi estendido, a nova gestão é que terá a missão de concluir o plano de mobilidade de Brusque. “Esperamos que a nova gestão aproveite o que já tem, até porque não tem como fugir muito do que já está criado. A nova gestão terá que avaliar o que já foi feito e aperfeiçoar”, diz o diretor da Setram, Adalberto Zen.

De acordo com ele, elaborar o plano é um projeto a longo prazo, tudo tem que ser muito bem estudado já que as ações para a área de mobilidade na cidade terão que seguir o planejamento. “Não adianta montar um plano sem consenso. Tem que ser bem planejado, estudado, e não só criar para satisfazer uma exigência legal”.

O diretor de Transportes da Setram, Luiz Henrique Blumer, afirma que todo município precisa de um plano de mobilidade, independente de ser uma legislação federal. “É importante ter esse planejamento para ir verificando os problemas e apontando soluções a curto, médio e longo prazo”.

Assim que for retomada e concluída a fase de discussões e análises do plano, o documento precisa passar por audiência pública e também ser aprovado pela Câmara de Vereadores. Blumer diz que a partir do momento que o plano se torna lei, há garantias de continuidade para as ações relacionadas ao setor. “A parte mais importante da lei depois de aprovada é que ela consolida uma ideia, e obriga os próximos administradores, independente do partido, da ideologia, a seguir o plano”.

Ações já previstas

Entre as ações que já estão previstas no Plano de Mobilidade de Brusque está a criação de um anel viário para tirar o trânsito de dentro da cidade; o prolongamento da avenida Beira Rio no lado do Jardim Maluche, eliminando a rotatória da Apae; a sequência da Beira Rio no bairro Santa Terezinha até a rua Teodoro Staack; alteração para sentido único dos bairros Santa Terezinha e Santa Rita; ligação da rua Axel Krieger, no São Pedro com o bairro Guarani, além da abertura de cinco novas vias na região do Santa Terezinha e Santa Rita.