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Eleição em Brusque: conheça as propostas e ideias do candidato André Vechi (DC)

Entre outras propostas, ele defende concessões de espaços públicos

Nome de urna: André Vechi (DC)
Candidato a vice: Deco Batisti (PL)
Coligação: Avança Brusque! Em defesa da liberdade! (DC, PL e Republicanos)
Número de urna: 27
Idade: 34 anos
Profissão: administrador público

O candidato André Vechi (DC) é o prefeito interino de Brusque. Ele foi eleito vereador em 2020 e assumiu a prefeitura com a cassação de Ari Vequi e Gilmar Doerner. André tem como candidato a vice na chapa Deco Batisti (PL). Esta é a segunda eleição da carreira política do candidato. Ao jornal O Município, ele falou sobre propostas e ideias para o mandato. Confira a entrevista:

O mandato de pouco mais de um ano não é pouco tempo para colocar suas ideias em prática? O que o senhor pretende realizar agora que não poderia esperar até 2025?

Nestes três meses que estou à frente da prefeitura, conseguimos avançar muito. Como o tempo é menor do que o mandato tradicional, temos que ter prioridades. A primeira é a questão do transporte coletivo, que está precário há mais de dez anos. Vamos fazer a nova concessão.

Vamos avançar também no processo da concessão do esgoto sanitário. Outro ponto que queremos avançar é a questão da saúde, pois vamos inverter a pirâmide de prioridades. Até então, a prefeitura investia muito dinheiro nos hospitais e pouco dinheiro na atenção básica. Vamos focar nas UBSs, com infraestrutura e capacitação.

A falta de médicos na rede pública é constante. Quais medidas pretende tomar para mudar este cenário? Por que há tanto desinteresse da classe médica em atender pelo SUS?

Brusque é um dos municípios que melhor paga o médico do SUS em toda a nossa região. No entanto, um médico já com uma carreira consolidada ganha mais no privado do que atuando no serviço público. Então, temos o desafio de atrair os médicos.

Com a proximidade da formação da primeira turma do curso de Medicina da Unifebe, teremos uma oferta maior de médicos em início de carreira. Entendemos que isso vai buscar atender esta demanda. Paralelo a isso, vamos premiar os médicos que tiverem o maior número de atendimentos e maior resolutividade nos atendimentos dos pacientes.

A arrecadação do município tem apresentado dificuldades neste ano. Quais medidas pretende tomar para melhorar o cenário? Pretende aumentar impostos ou reduzir isenções fiscais?

No nosso governo não haverá aumento de impostos. Temos que criar um ambiente econômico mais favorável para quem quer empreender. Temos uma legislação de incentivos fiscais vigentes que precisa ser mais divulgada. Temos também a lei de Inovação, que tem um fundo de quase R$ 1 milhão, que vai viabilizar a abertura de novos negócios.

Outro ponto é o foco nas despesas. Vamos investir em tecnologia para reduzir a burocracia no que for possível. Na Câmara, fizemos uma reforma administrativa que vai economizar neste ano R$ 600 mil. Na prefeitura, demos o exemplo com corte de horas-extras e reduções de diárias, uma série de controles fiscais que fizemos, aliado ao corte do meu próprio salário como prefeito e de todo o secretariado em 10%.

Uma das promessas feitas quando o senhor se elegeu vereador era cumprir os quatro anos de mandato. O senhor agora é candidato a prefeito nesta eleição fora de época, antes do seu mandato como vereador acabar. Por que decidiu descumprir essa promessa?

Na verdade, a promessa não é descumprida. Quando me coloquei à disposição [para concorrer] a vereador, o cidadão foi à urna para votar e decidir se eu teria a confiança dele para estar no Legislativo ou não. Eu estou dando a opção para o eleitor de me promover para que possamos manter o trabalho que temos feito na prefeitura.

Não é uma decisão unilateral minha, em que vou desrespeitar a opinião do eleitor. Muito pelo contrário. Não vejo como uma promessa descumprida. Vejo como uma mudança de rota por algo que ninguém esperava que iria acontecer.

O senhor está coligado com o PL e tem utilizado bastante o apoio a Bolsonaro no seu material de campanha, diferente do que aconteceu quando concorreu à Câmara de Vereadores. O senhor se considera um bolsonarista ou o fortalecimento deste discurso tem a ver com o fato de Brusque ser uma cidade bolsonarista?

Eu sempre fui uma pessoa de direita, tanto é que as bandeiras que sempre defendi foram ligadas à direita. Sempre defendi a redução da intervenção estatal na economia e sempre avancei nessas pautas econômicas mais liberais. Sempre foquei na parte da liberdade econômica, mas sempre estive alinhado com os valores da direita.

Votei no presidente Bolsonaro no primeiro e segundo turno nessas últimas eleições. O PL tinha escolha de outros candidatos para apoiar. Se o PL me escolheu… se os deputados mais bolsonaristas do Brasil, como Júlia Zanata, Ana Campagnolo, todo esse pessoal, e o governador Jorginho Mello, optaram por estar comigo nessa caminhada é porque veem em mim um candidato alinhado aos valores da direita.

Quando assumiu o cargo de prefeito interino, o senhor disse que faria um mandato de continuidade e afirmou que a cassação do Ari Vequi foi injusta. Hoje vocês estão em lados diferentes da disputa e, inclusive, com algumas alfinetadas de um lado a outro. O que deu errado nessa relação?

Não mudo de opinião. Acho que a cassação não foi algo bom para a cidade. Não concordo com ela. Tentei construir uma grande frente ampla de direita e os vários gestos que pratiquei comprovam isso. Diante de uma teimosia do Ari em querer impor uma candidatura, ele acabou afastando meu grupo e outros. O que era para ser uma candidatura se fragmentou em três.

Respeito a posição dele. Demos continuidade a tudo que era bom e, aos poucos, fiz as mudanças que julguei necessárias para melhorar o trabalho, que já vem dando resultado, como, por exemplo, na Secretaria de Obras, que está muito mais atuante nos bairros, diferente do que era anteriormente.

O senhor sempre fala muito, em linhas gerais, sobre cuidado do uso do dinheiro público e redução da máquina pública. Enquanto vereador, o senhor foi favorável à criação do cargo de assessor de gabinete, e, agora, como prefeito interino, fez um projeto de lei para cessão de um terreno para que a Câmara possa ampliar a sede, ou seja, aumento nos gastos públicos. Como justifica essa postura?

Temos que entender que enxugar a máquina pública tem que ser com propósito e de forma objetiva. Quando criamos o cargo de assessor, foi de forma muito responsável. O vereador que soube aproveitar bem o assessor indicado conseguiu entregar muito mais do que antes.

Em relação à nova sede da Câmara, foi algo que foi muito debatido. Tinha-se o interesse em construir uma “super-Câmara” na frente da Arena Brusque. Quando assumi como presidente, tirei essa proposta. É unânime que há necessidade de ampliação. A cessão do terreno não gera custo diretamente. Quando cedemos, é por um tempo determinado. Em contrapartida, sempre avançamos na redução dos gastos.

No seu plano de governo, o senhor diz que quer encaminhar para aprovação da Câmara a lei de PPPs, concessões e privatizações. Sendo mais específico, o quer tirar das mãos da prefeitura e passar para a iniciativa privada?

De imediato, o meu interesse é fazer a concessão do Parque Zoobotânico. O parque custa cerca de R$ 3 milhões por ano aos cofres do município. O recurso poderia ser utilizado em outras áreas e o parque ser melhor explorado pela iniciativa privada.

Temos também o pavilhão da Fenarreco, que é uma estrutura enorme, tem um custo alto de manutenção e uma equipe reduzida para dar conta disso. Queremos concedê-lo para iniciativa privada, reservando as datas de festas municipais sem custos. Isso é viável. Outro ponto é a Arena Brusque, que há anos sofre com falta de manutenção. Prevemos uma economia aos cofres públicos de R$ 12 milhões por ano com o pacote de concessões.

Recado para o eleitor

Eu me preparei muito ao longo dos últimos dez anos para poder hoje estar prefeito. Trabalho há dez anos com gestão pública municipal. Me formei em administração pública e estou concluindo meu mestrado na área.

Quero muito ter a oportunidade de continuar o que estamos fazendo: uma gestão pública inovadora, com uma pegada mais jovem, com um secretariado com novas ideias, para que possamos inovar dentro da gestão pública e, consequentemente, trazer melhores resultados para a população.

É com essa pegada que eu quero pedir o voto do cidadão brusquense para que, no dia 3 de setembro, vote no André Vechi para prefeito e no Deco Batisti vice… Vote no 27.


Veja agora mesmo!

Assista ao trailer do especial Sotaques de Brusque e conheça pessoas que escolheram a cidade para ser o seu lar: