Eleição em Brusque: conheça as propostas e ideias do candidato Molina do Ari (MDB)

Candidato da antiga administração foca em dar sequência ao trabalho

Eleição em Brusque: conheça as propostas e ideias do candidato Molina do Ari (MDB)

Candidato da antiga administração foca em dar sequência ao trabalho

Nome de urna: Molina do Ari (MDB)
Candidato a vice: Dr Osvaldo (Podemos)
Coligação: A Resposta do Povo (MDB e Podemos)
Número de urna: 15
Idade: 53 anos
Profissão: Professor universitário

Molina do Ari (MDB) foi secretário de Governo e também diretor-geral do Samae durante as administrações de Jonas Paegle e Ari Vequi. Ele disputa uma eleição pela primeira vez. Ao jornal O Município, o candidato falou sobre propostas e ideias para o mandato. Confira a entrevista:

O mandato de pouco mais de um ano não é pouco tempo para colocar suas ideias em prática? O que você pretende realizar agora que não poderia esperar até 2025?

Sou o único candidato que conhece todo o plano estratégico da prefeitura montado em 2020, quando o Ari Vequi foi candidato. São vários planos de ação que já estavam em execução. Este período vai servir para transformar o que tínhamos de proposta em ação.

Outros planejamentos que estão fazendo são inviáveis, não é possível realizar neste curto espaço de tempo. Um período de encerramento de ano, que é muito difícil – não sei se os outros candidatos sabem disso -, principalmente por conta da queda de arrecadação. Vai trazer uma dificuldade inclusive para fechar o ano fiscal. E em março do ano que vem, já começam os preparativos para a outra eleição. Estamos preparados, sabemos o que tem que ser feito para encerrar 2023 com tranquilidade.

A falta de médicos na rede pública é constante. Que medidas pretende tomar para mudar esse cenário? Por que há tanto desinteresse da classe médica em atender pelo SUS?

A gente fez várias ações desde o governo do Dr Jonas com objetivo de médio e longo prazo. O curso de Medicina da Unifebe foi pensado pela universidade com grande apoio dos governos Jonas e Ari Vequi. Foi diversas vezes a Florianópolis buscar apoio na Alesc, foi até Brasília conversar com os ministérios. Nossa preocupação não pode ser só com o agora. O curso vai formar no fim do ano que vem a primeira turma e, a partir daí, teremos formaturas semestrais com um grande número de médicos ficando na nossa cidade.

Os médicos hoje recebem muito mais atuando nas especialidades em relação à clínica geral. Em razão disso, temos uma dificuldade para contratar para as UBSs.

A arrecadação do município tem apresentado dificuldades neste ano. Que medidas pretende tomar para melhorar o cenário. Pretende aumentar impostos ou reduzir isenções fiscais?

A população e os empreendedores já pagam muitos impostos. Aumentar a carga tributária seria irresponsável, não é o momento. Acho que temos que equilibrar as contas diminuindo despesas. As receitas têm diminuído, só no ICMS estamos com R$ 20 milhões do que pretendíamos. É uma grande queda, mas temos que nos adaptar. Temos áreas prioritárias, como saúde, educação e segurança. É melhor deixar de asfaltar uma rua e de plantar flores do que deixar faltar medicamento ou professor. 

A receita sendo menor do que a despesa você vai ficar sempre devendo e, no final, vira uma bola de neve. Foi o que aconteceu com o nosso município entre 2014 e 2016, quando houve três prefeitos em dois anos. O município se desestabilizou economicamente, e a população pagou por isso. Entre 2017 e 2019, trabalhamos apenas para colocar as contas em ordem, o Jonas foi muito criticado, mas se as pessoas soubessem como recebemos a prefeitura e como ela está agora, com equilíbrio fiscal, as pessoas entenderiam. Tínhamos dificuldades até de ter crédito, a prefeitura estava com fama de má pagadora.

Só nós, com a capacidade e experiência que temos, temos capacidade de fechar o ano com as contas aprovadas.

Sua proposta de governo tem muitas referências a “seguir” e “manter”. O que trará de novidade neste período de 1 ano e 4 meses?

Temos um plano de ação aprovado em 2020 por 25.734 brusquenses. Temos a responsabilidade de cumprir o plano de governo do Ari e do Pastor Gilmar. Já atingimos mais de 60% de tudo que havia sido proposto e temos capacidade de finalizar esse planejamento com o dinheiro que está vindo do Fonplata. Trabalhamos dois anos arduamente por isso, conseguimos um empréstimo de aproximadamente R$ 200 mi.

O ex-prefeito Ari Vequi aparece ao seu lado na maioria dos seus vídeos. No seu material de campanha, Ari está na sua frente e não atrás, e seu nome de urna é “Molina do Ari”. Se você for eleito prefeito, qual a influência que ele terá no seu mandato? Terá algum cargo?

O Ari é uma pessoa muito importante no processo político de Brusque. A abertura que ele tem com a Alesc nos traz muito retorno. Ele trouxe várias emendas. Quando temos alguma reivindicação ao governo do estado, ele está à frente. Tive a oportunidade de ir com ele até Brasília e verifiquei que, também lá, tem portas abertas com senadores e deputados. Todos o conhecem, o recebem muito bem e escutam as reivindicações. Ele vai fazer parte do governo. Estamos aguardando para saber qual a decisão final que o TSE vai aplicar. Se for possível, deve assumir uma secretaria, de Governo ou de Infraestrutura. Será de grande valia para nossa gestão. Também o Pastor Gilmar, com um trabalho voluntário ou na Assistência Social.

O MDB governava com Republicanos, PP, parte do DC, por exemplo, mas não conseguiu o apoio desses partidos para a eleição. Por que não conseguiu manter os aliados?

Acho que os únicos injustiçados neste processos são o Ari e o Gilmar, foram afastados por uma questão irrelevante. Eles apresentaram, já no início deste processo, os seus candidatos, eu e o Dr Osvaldo, que é muito respeitado na nossa cidade. Conversamos com todos os partidos de direita, mas nenhum quis fechar um acordo para a cidade não ter mais prejuízos.

O que eu acho mais injusto é que vereadores, que foram eleitos para cumprirem mandatos de quatro anos, estão se aproveitando da cassação para se lançar a prefeito. Candidaturas totalmente inadequadas por não cumprirem seu mandato. Causa essa divisão. Mesmo sendo de direita, não somos iguais. Nossa forma de agir e de pensar não é igual à dessas pessoas. 

Boa parte da atuação do senhor na prefeitura foi relacionada ao Fonplata e ao Samae. O valor projetado para construção da ETA Cristalina teve um salto de R$ 55 milhões para R$ 95 milhões. O governo atual anunciou a retirada da ETA do Fonplata. Qual medida o senhor pretende tomar em relação a essa obra se eleito prefeito?

Esta é uma obra prioritária para Brusque. Hoje, a capacidade de produção de água do Samae não atende à demanda. Se não construirmos novas estações, em pouco tempo, uma parte da cidade ficará sem água. Existe a possibilidade de voltar a incluir a ETA no projeto do Fonplata, mas também temos estudos para terceirizar essa obra. Temos empresas interessadas. Elas finalizariam a obra, entregariam a chave e a prefeitura começaria a operar. Após isso, é feito o parcelamento com a capacidade de pagamento do Samae. Não demos sequência às conversas porque fomos retirados de forma injusta da prefeitura.

Na sua proposta de governo consta o lançamento de licitação para construção da ETA Cristalina e do sistema de esgoto sanitário por meio de “aluguel de ativos”, mas não há explicações detalhadas. Como funcionaria?

Trabalhei um ano no Samae, corrigimos coisas que não estavam indo bem e entregamos a chave com R$ 37 milhões em caixa, que devem ser utilizados para expansão de rede, melhoria no abastecimento, contratação de novas e melhorias nas ETAs, planos que tínhamos para este período. Nada disso, porém, será suficiente para daqui cinco a dez anos. Precisamos aumentar em 50% a capacidade para não termos problemas. Através do aluguel de ativos, abrimos para empresas com capacidade para entregarem a obra. A quantidade de água que iremos produzir já paga a própria obra. Precisamos arranjar parceiros, é muito viável. A responsabilidade não é só com a Brusque de agora, mas com a Brusque no futuro.

Recado para o eleitor

Acho importante a população reconhecer que a forma como foi conduzida a cassação do Ari e do Gilmar foi injusta para a cidade. Com isso, toda a população perde. O governo interino praticamente só fez política, deixou de administrar a cidade, não tivemos a entrega da ponte do Centro, que teria uma inauguração com show nacional para comemorar o aniversário da cidade. Tudo ficou parado. Estamos preparados. O que para os outros são propostas, para nós são ações. Temos um projeto para concluir até o fim de 2024. Por isso, peço para que a população reconheça isso e, no dia 3 de setembro, vote Molina e Dr Osvaldo, número 15.


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