X
X

Buscar

Eleições 2016: Entrevista com o pré-candidato a prefeito de Brusque, Durval Pereira

"A cidade não se administra como empresa", diz Pereira

Radicado em Brusque, o baiano Durvalino Pereira, o Durval, foi anunciado na semana passada como pré-candidato à prefeitura pelo Partido da Pátria Livre (PPL), que disputou sua primeira eleição no estado em 2014. Na oportunidade, Durval candidatou-se a deputado estadual e fez 199 votos.

Ele afirma que, para dirigir a cidade, estar ligado à classe empresarial não é o ideal, e daí propõe as ideias do partido como alternativas.
“Hoje em dia os caras falam assim: sou empresário, aí por isso estou capacitado para administrar a cidade. Mas a cidade não se administra como empresa, o empresário visa o lucro, e o prefeito não, ele visa o bem estar do cidadão, e é nisso que nós iremos trabalhar profundamente”, afirma.

Para ele, os maiores problemas da cidade hoje estão nos bairros. “Não existem calçadas, o cidadão tem que andar no meio da rua, dividindo o asfalto com os carros. A prefeitura tem que buscar recursos para construir a mobilidade urbana para quem anda a pé na cidade”.

O pré-candidato também afirma que faltam áreas de lazer na cidade, o que faz com que os moradores vão gastar o seu dinheiro em outros municípios. Nessa entrevista, ele fala de suas propostas.

Município Dia a Dia: Por que quer ser candidato a prefeito?
Durval Pereira: Não é preciso ser médico, advogado, engenheiro para saber o que se faria com o dinheiro público: construir creches, posto de saúde, contratar médicos, dar aumento aos professores. Por isso que gostaria de ser prefeito, porque eu sei o que as pessoas necessitam.


Município: Qual o principal problema da cidade hoje?
Pereira: A cidade hoje tem muitos problemas, nós temos dificuldades na mobilidade urbana, na saúde, na educação, dificuldades é que não faltam. Mas eu destaco hoje, no momento, a falta de emprego, o desemprego está crescendo, tem o problema das pessoas abandonadas nas ruas. Se você quer saber como uma administração cuida de uma cidade, é só ver seus espaços públicos: se tiver pessoas abandonadas, com certeza ela não está cuidando bem da cidade.


Município: O que acha das administrações que passaram pela prefeitura?
Pereira: As administrações passadas deixaram uma bela de uma encrenca na cidade. Deixaram na cidade só encrenca e confusão, não agregaram nada. Não podemos negar que a administração de Paulo Eccel fez alguma coisa, mas deixou muito a desejar. O Roberto é um cara que eu gosto muito dele, mas como administrador não acrescentou nada na cidade.


“A cidade hoje tem muitos problemas, nós temos dificuldades na mobilidade urbana, na saúde, na educação, dificuldades é que não faltam”


Município: Como o senhor vê a ideia de reduzir o número de secretarias?
Pereira: A questão de reduzir as secretarias, muitos políticos falam. A pergunta a ser feita é por que as secretarias existem. Elas não se faziam necessárias? Eu diria que elas podem ser reduzidas quando não agregam nada. Com as secretarias, a cidade não está indo bem. Sem as secretarias, como vai ficar? Vai melhorar a situação? É uma análise a ser feita para depois anunciar se vai reduzir ou não. Porque se a secretaria for necessária, ela tem que permanecer.


Município: Como governar sem ficar refém dos partidos?
Pereira: Se um partido político ou um vereador vier me pedir vantagem indevida, eu chamo a polícia. Não tenho a menor dúvida de que parceria é necessária, mas um vereador foi eleito para ajudar o prefeito a administrar a cidade, e não para dificultar a administração de um prefeito. Então iremos com certeza fazer parceria, desde que seja lícita, aí não teremos problema nenhum com vereador nenhum.


Município: Detalhe alguma de suas propostas de campanha.
Pereira: Eu tenho muitas ideias. Algumas das minhas propostas seria na área da saúde. Um exame médico, quando o cidadão procura, é porque está doente. O prazo para agendar uma consulta e ser feito o procedimento tem que ser de 90 dias, fila zero. Na educação, tenho uma proposta que chamo de tolerância zero, criar um conselho para trabalhar a questão da violência nas escolas, hoje o professor é refém de uma série de questões que só dificultam sua vida. No meio ambiente, temos uma ideia de criar uma central de reciclagem, na qual todo cidadão que aderir à coleta seletiva do lixo terá reduzida a taxa que ele paga. Temos também uma proposta para uso da energia solar, para que todos os prédios públicos sejam abastecidos por essa energia. Com a economia nesta área, poderemos investir novamente no bem estar do cidadão. E mão poderia deixar de fora o meu caminhão do peixe, que é uma figura carimbada como um dos meus trabalhos sociais na cidade.