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Em 0 a 0 insosso, Brusque continua irritando do meio para a frente

Quadricolor não sofreu atrás, mas é pífio no ataque resultado foi um jogo ruim de assistir

Os torcedores que foram a Itajaí em poucas centenas para assistir a Brusque 0x0 Novorizontino são parte importante do grupo de verdadeiros apaixonados pelo quadricolor. Fiéis enlouquecidos, que são, em última instância, a razão de existir do clube. Torcedores que se submetem a uma partida tão insossa, em uma situação tão complicada dentro de campo, e que merecem todo o reconhecimento pelo esforço para apoiar seu time de coração.

É uma pena que, hoje, o Brusque não apresente capacidade para fazer jus ao esforço dos poucos torcedores que vão ao Gigantão das Avenidas. Não se trata de falta de vontade. O time tenta, corre, se esforça, mas ainda não consegue superar suas próprias limitações jogando fora de casa o tempo todo.

Mesmo assim, diante do Novorizontino, os torcedores foram presenteados com uma boa notícia. Parece que o time voltou a ter defesa, após a sequência de peneira rasgada que rendeu 17 gols sofridos nos sete jogos de maio, quando pegou pedreira atrás de pedreira. O time não passou grande sufoco contra o Novorizontino. É algo.

Por outro lado, o Brusque teve uma inofensiva posse de bola no campo de ataque. O problema crônico na frente persiste, e parece irremediável nas condições atuais. É muita dificuldade para finalizar, para criar oportunidades. Para piorar, o Brusque deve perder Guilherme Queiróz, que saiu lesionado no segundo tempo.

Luizinho Vieira tem ajeitado a equipe no pouco tempo em que está. Seus treinos têm muita conversa, muita correção, muita orientação. Por enquanto, num recorte minúsculo de três jogos, parece estar no caminho de devolver o Brusque ao nível da primeira parte da temporada: defesa sólida, ataque frágil.

A tarefa após o conserto defensivo é fazer a parte ofensiva funcionar com a qualidade técnica dos jogadores que estão à disposição. É uma missão complicadíssima. Às vezes parece impossível se não houver falhas da defesa adversária, um escanteio milimetricamente batido ou uma milagrosa bicicleta de Alex Ruan.

E um horizonte mais otimista para o quadricolor passa, incontornavelmente, por um ataque perigoso, que faça gols. Isto foi parte fundamental para salvar o Brusque em 2021: 23 gols marcados nos últimos 15 jogos, sob o comando de Waguinho Dias. O time só passou em branco em quatro partidas daquela sequência. No mesmo recorte de 2022, foram marcados quatro míseros gols, e houve uma sequência recorde de sete jogos sem balançar as redes. O resultado foi o rebaixamento.

Falta muito

A expectativa de Carlos Renaux e Brusque é de que o estádio esteja pronto para receber jogos da Série B em meados de julho. Será necessário muito, muito trabalho até lá. As equipes estão treinando no gramado sintético, mas a parte interna da arquibancada principal ainda tem um longo caminho a percorrer. E não há pavimentação na área de acesso, na entrada.

É uma reforma de grandes proporções. Difícil acreditar que esteja tudo pronto em julho, mas tomara que fique. Ambos os clubes precisam do estádio em condição de jogo para anteontem.


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