“Em algum momento ele vai ter que ser examinado”, diz advogado do autor do atentado na creche em SC

Na terça-feira, Justiça negou pedido da realização do exame de insanidade mental

“Em algum momento ele vai ter que ser examinado”, diz advogado do autor do atentado na creche em SC

Na terça-feira, Justiça negou pedido da realização do exame de insanidade mental

Após a Justiça negar o pedido da defesa de Fabiano Kipper Mai, autor do atentado na creche em Saudades, no Oeste de SC, em que pedia a realização do exame de insanidade mental, o advogado Demetryus Eugenio Grapiglia disse que irá recorrer da decisão.

“Tão logo seja intimada a decisão do habeas corpus, irei recorrer. Vamos apresentar a defesa preliminar e durante o processo nós vamos pedir novamente o exame de insanidade mental”, afirma Demetryus.

O advogado diz ainda que o exame de insanidade mental sustenta a tese defensiva e que insistirá na realização dos testes. “Ele não tem capacidade de entendimento do que aconteceu. Mais hora ou menos isso vai ter que ser avaliado”, afirma.

Demetryus reforça que, segundo ele, os crimes cometidos por Fabiano Kipper Mai demonstram que ele não é uma pessoa mentalmente sã. “A defesa insisti nisso e vai insistir de início ao fim. É algo que parece ser bastante lógico. Não é nada normal uma pessoa fazer o que ele fez. Alguma coisa ele tem. Algum transtorno ele tem”.

Além disso, ele afirma que Kipper Mai terá que ser analisado por uma equipe multidisciplinar, analisando diversas questões, como o local em que o autor do atentado vivia. “A questão é saber se isso o torna capaz ou incapaz de entender os atos dele”, finaliza.

Argumento do desembargador

O desembargador Rizelo, em seu voto contrário a realização do exame neste momento, afirma que acompanhou os depoimentos prestados pelo autor e diz ter convicção que se trata de uma pessoa ciente de seus atos.

“Ele respondeu todas as perguntas formulados pelo delegado de forma consciente. Afirmou que sabia ser errado matar crianças, mas que agiu com raiva e que levou dez meses para colocar o plano em ação”, disse.

Relembre o caso

Na manhã de terça-feira, 4 de maio, o jovem de 18 anos invadiu a escola Aquarela e matou três crianças, duas profissionais e deixou uma criança ferida.

Após o crime, ele tentou tirar a própria vida. O autor ficou internado até o dia 12 de maio, quando recebeu alta do Hospital Regional do Oeste, em Chapecó.


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