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Em busca de novos negócios, internacionalização se torna uma realidade entre as empresas de Brusque

Em busca de novos negócios, internacionalização se torna uma realidade entre as empresas de Brusque

Em um mundo globalizado e com tantas portas esperando para serem abertas, a internacionalização é um processo cada vez mais necessário para que empresas estejam à frente em competitividade, inovação e qualidade. Mais do que um processo simples de compra e venda, as possibilidades são inúmeras para os empresários e empresas que buscam negócios fora do território brasileiro.

O mercado nacional é gigante em população e tem dimensões territoriais continentais, porém, é ocupado não só por empresas brasileiras e, portanto, estar atento às oportunidades e ir além das fronteiras se torna importante para ter um negócio mais estável.

Neste sentido, empresas de Brusque, de diversos setores, tamanhos e perfis, já entraram no processo de internacionalização, ainda em diferentes estágios. Uma unanimidade, porém, é clara: se feito de forma correta, apoiada em bons parceiros e baseada em boas práticas, a internacionalização só vem a somar.

“A internacionalização é para empresas de todos os tamanhos, basta querer”, resume Maitê Bustamante, presidente da Câmara de Comércio Exterior da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc). “O atual presidente [da Fiesc], quando iniciou sua gestão, estabeleceu a internacionalização da indústria catarinense como um dos eixos estratégicos”, completa.

Assim como a Fiesc, diversas entidades catarinenses e nacionais, como o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) e a Associação Empresarial de Brusque (Acibr) intensificaram nos últimos anos o trabalho com as empresas para incentivar a internacionalização.

Isto segue uma tendência nacional. De acordo com dados da Organização Mundial do Comércio (OMC), a expansão nas exportações nacionais no ano passado foi de 19%, acima da média mundial de 11%, em grande parte graças ao aumento dos preços das commodities. Segundo o Ministério da Economia, no último ano, 600 pequenas e médias indústrias entraram no mercado internacional pelo esforço feito através destas entidades.

De janeiro a julho de 2023, Brusque exportou cerca de 37,2 milhões de dólares | Foto: Bruno da Silva/O Município

Maitê destaca que o tamanho da empresa não influencia em sua possibilidade de internacionalizar e que existem diversos cases dentro do programa Intercomp e do GoToMarket, em parceria com o Sebrae, de pequenos negócios que buscaram se capacitar e conseguiram ampliar sua carteira de clientes, por exemplo.

“É necessário que o empresário não se acomode. Tem que reconhecer que o mercado nacional é enorme, de tamanho continental, mas também conta com uma porção de concorrentes internacionais. Mesmo que tenha uma certa garantia de compra, estará sempre em uma posição desvantajosa, porque o concorrente internacional já cumpre vários requisitos para entrar aqui”, ressalta.

Programas como o Intercomp e o GoToMarket têm à disposição serviços como consultorias, acesso a mercados, diagnóstico de maturidade, planos de ação customizados, participação em feiras e eventos dos setores destas empresas e uma série de outros serviços, disponíveis para empresas que tomarem a iniciativa e buscarem ampliar seus horizontes.

Ciclo virtuoso

Gerente de internacionalização do Sebrae-SC, Filipe Gallotti recebeu há quatro anos a missão de liderar o esforço da entidade nesta área. Ele enfatiza que este é um processo que pode ser feito por todos os setores e que o empresário precisa estar atento às oportunidades. “Uns são mais fáceis, outros mais complexos, mas todos são aptos. Por isso, a importância de atuar lado a lado com os empresários”.

De janeiro a julho de 2023, Brusque exportou cerca de 37,2 milhões de dólares e importou 238,22 milhões, de acordo com dados do Comex Stat, sistema para consultas e extração de dados do comércio exterior brasileiro do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. Entre os municípios catarinenses, está na na 32ª colocação na exportação e em 12º na importação no período.

“A importação é interessante quando aquele produto que está lá fora tem um bom preço mesmo com o custo de internalizar. Temos empresas que precisam importar porque não conseguem no mercado local encontrar aquele produto, porque o Brasil não produz, ou quando, lá fora, o preço está mais competitivo”, explica Francine Krieger, coordenadora do Núcleo de Comércio Exterior da Associação Empresarial de Brusque (Acibr).


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