Em cartazes espalhados pela cidade, diretor da penitenciária de Blumenau é chamado de ditador
Familiares de detentos acusam diretor de humilhações aos presos
Em cartazes espalhados pela cidade, diretor da penitenciária de Blumenau é chamado de ditador
Familiares de detentos acusam diretor de humilhações aos presos
- 25/05/2022
- 11:37
Diversos cartazes contendo a foto do diretor da Penitenciária Industrial de Blumenau, com uma montagem dele usando um chapéu do exército nazista foram distribuídas pela cidade nesta terça-feira, 24. Os panfletos também possuem símbolos nazistas e a frase “Dilmar Orlando ditador”.
As imagens foram colocadas e vistas em diversos pontos da cidade, como em frente a Prefeitura de Blumenau, e próximo a PIB e ao Presídio Regional de Blumenau. A distribuição teria sido feita por familiares de detentos, que acusam o diretor da penitenciária de humilhar os presos de diversas formas.
Nossa equipe entrou em contato com a assessoria do Departamento de Administração Prisional (DEAP) de Santa Catarina, que informou que não iria se pronunciar sobre a situação. Também tentamos contato com o diretor do PIB, mas até a publicação da reportagem, não foi possível ouví-lo.
Manifestações
No início deste mês, alguns familiares chegaram a fazer um protesto em frente ao Fórum de Blumenau, onde reclamaram também da precariedade em que vivem os detentos no PIB. Elas pediam a normalização das visitas, que atualmente podem acontecer apenas a cada 15 dias, e também a permissão para poderem levar sacolas de alimentos e produtos de higiene para eles.
“Os presos estão passando fome, o meu filho está virado em pele e osso. Quando abriram a porta eu o reconheci apenas por causa dos olhos dele. Nós só queremos poder levar um pão, um café, e produtos de higiene para eles. Já que o estado reclama tanto dos gastos com os presos, então deixem que a gente leve”, disse a mãe de um dos presos, durante a manifestação no início do mês.
Protestos do tipo são realizadas desde o início da pandemia. A última ocorreu em novembro do ano passado, em frente ao presídio.
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