“Em hipótese alguma foi cogitada a obstrução da BR-470”, diz líder do movimento grevista
Caminhoneiro que monitora trecho em Indaial avalia situação nesta sexta-feira
Caminhoneiro que monitora trecho em Indaial avalia situação nesta sexta-feira
No quinto dia de manifestação e depois de uma tentativa frustrada de negociação em Brasília na noite desta quinta-feira, 24, um dos líderes do movimento grevista dos caminhoneiros no trecho de Indaial, conhecido como Magrão, falou sobre como está a situação na manhã desta sexta-feira, 25.
Magrão, que não quis revelar o nome por medo de futuras represálias, calcula que já são 600 caminhões parados na BR-470, no quilômetro 68. Ele enfatiza que a reivindicação é para a diminuição dos impostos que incidem sobre o valor do diesel.
O caminhoneiro autônomo também comentou sobre a possibilidade de bloquear completamente a rodovia. Por enquanto, não há previsão para o fim da greve. Confira:
Por que não houve acordo?
Não foi firmado acordo nenhum, nem foi começado a conversar. É tudo mentira. A nossa classe é representada pela Agência de Transporte Autônomo. Essas pessoas estiveram lá [em Brasília], foram tiradas da lista para entrar na reunião. Eles nem participaram da reunião. Não existe acordo firmado sem antes ir para o Diário Oficial do Brasil. Nós não vamos arredar o pé da estrada sem antes estar no Diário Oficial. Nós ficamos mais 30 dias parados, mas não firmamos acordo por trinta dias.
Vocês pretendem bloquear completamente a rodovia em algum momento?
Em hipótese alguma foi cogitada a possibilidade de obstruir a pista. Não vai ser obstruída. Eu estou falando do nosso ponto aqui em Indaial, nos outros pontos não posso garantir, não tenho como comandar. Nós aqui em Indaial não vai ser parada a BR-470 em hipótese alguma.
Quais são as reivindicações?
Nós queremos aumentar o ganho do nosso frete, nós queremos que baixe o imposto do nosso insumo, que é o óleo diesel. Nós só queremos que baixe o imposto do óleo diesel. É a coisa mais absurda nós pagarmos R$ 4 no litro do diesel. Nós fazemos dois quilômetros com um litro! Depois, claro, tem a parte do pedágio.
Como estão fazendo para se alimentar?
A população em geral está trazendo mantimentos. Desde de ontem ligam pra gente perguntando o que estamos precisando. Tem muita gente ajudando.
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