Em jogo acirrado, Olaria ganha do São Pedro na semifinal do Amador de Guabiruba
Equipe mandante fez bom jogo, mas pecou nos detalhes e está em situação complicada
O São Pedro foi valente e fez um bom primeiro tempo, mas não conseguiu segurar o Olaria em casa, neste domingo, 5. A derrota por 3 a 1 na ida da semifinal coloca o rubro-anil em situação complicada no Campeonato Municipal de Futebol Amador de Guabiruba – Troféu Koehler e Cia. Se for eliminado, será o segundo ano consecutivo que cairá na semifinal para o mesmo time.
A semifinal do Amador de Guabiruba não tem critério de gols fora de casa. Portanto, se o São Pedro fizer 2 a 0 contra o Olaria, a partida irá diretamente para as penalidades, sem prorrogação.
O início de partida foi promissor para os donos da casa. Um bom público compareceu ao estádio Luiz Carminati e a equipe demonstrou qualidade nos primeiros minutos. Mas logo veio a ducha d’água fria, com o gol de Iuris da Cruz, aos 14 minutos, para os visitantes.
Experiente, o São Pedro não se abateu e continuou a fazer boas investidas, sobretudo pelo lado direito, com o camisa 2, Edimar Ribeiro. Pelo meio, o camisa 10, Renato Tolovi, tentou liderar o esquadrão formado por muitos garotos com bons passes.
A insistência deu resultado. Aos 25 minutos, o atacante Julio Cesar da Costa, o Biro Biro, com a 11, fez um golaço da entrada da área, no ângulo direito do gol de Jelson Debatin.
O empate no primeiro tempo não era mau resultado, mas o São Pedro sabia que tinha de aproveitar o campo, bem menos do que o do Olaria, para construir um resultado para a volta.
A lesão e consequente saída de Godo Westarb, principal atacante do Olaria, parecia que facilitaria para o São Pedro, mas não foi o suficiente.
Nervosismo
No segundo tempo, o Olaria mostrou porque é o papa-título de Guabiruba há anos. Jogou pelo resultado, para não tomar gol, e soube aproveitar os contra-ataques.
Por vezes, o Tricolor da Guabiruba Sul chegou, mas foi somente numa falha do goleiro Marcos que o gol saiu, com o camisa 11, Túlio Cesari. A desvantagem fez o rubro-anil, antes bem postado, ficar bagunçado e nervoso em campo.
Gustavo Tormena, camisa 23, fez mais um para o Olaria e, com isso, selou a vitória tricolor. No fim das contas, o tricolor poderia ter feito, no mínimo, mais dois, tamanha a desorganização dos mandantes na parte final do jogo.
Ciente do trabalho feito, o Olaria segurou o jogo e matou as jogadas, muitas com faltas, até o apito final. O nervosismo e as reclamações de parte a parte foram uma marca da partida no domingo nublado em Guabiruba.
Tudo em família
A semifinal do Amador de Guabiruba teve sabor especial para Marcelo Carminati, 41 anos, zagueiro do São Pedro. Ele jogou o mata-mata ao lado do filho, Igor, 16 anos, volante da equipe.
Marcelo é um velho conhecido do futebol da região. Está há mais de 20 anos no amador, já jogou tanto campeonato da Liga quanto o de Guabiruba. Começou como atacante, mas hoje é zagueiro, visto que exige menos do físico.
Marcelo estava no time do São Pedro de 2011, último título municipal conquistado pelo clube. Para o atleta, jogar com o filho é uma satisfação. “É difícil de ver acontecer, mas é muito gratificante”.
O filho, na sua primeira temporada no Amador como volante, conta que é diferente jogar com o pai. “Estranhei no começo, porque não tinha oportunidade no time. A cobrança é maior também”, diz o jovem.
Outra semi
Lageadense e Cruzeiro ficaram no 1 a 1 no estádio Reinaldo Batschauer pela outra semifinal. A partida de volta será no estádio João Alfredo Koehler, no Aymoré, casa dos celestes.