Em jogo emocionante com cinco sets, Moda Brusque é campeã catarinense de vôlei
Time brusquense contou com apoio da torcida do começo ao fim
Time brusquense contou com apoio da torcida do começo ao fim
A Abel Moda Brusque sagrou-se campeã catarinense de vôlei neste sábado, 6. Contando com o embalo da torcida, a equipe conquistou o título após derrotar a Chapecoense/Unoesc em um jogo acirrado e emocionante em que as adversárias chegaram a ficar a um ponto da vitória. No duelo, a equipe brusquense levou a melhor por 3 sets a 2, com parciais de 21-25, 25-18, 21-25, 26-24 e 15-12. A partida foi disputada no Bandeirante.
A classificação para a final havia sido garantida nesta sexta-feira, 5, quando a Moda Brusque venceu, sem mistérios, a Mampituba/Radar/Unesc por 3 sets a 0, carimbando o passaporte para a final do Catarinense.
Este é o segundo título da equipe de Maurício Thomas que, na última semana, conquistou a Superliga C de vôlei feminino ao vencer o Itajaí no ginásio do Sesi. A vitória garantiu a vaga da equipe para a Superliga B no ano que vem.
Vice-campeã catarinense, a Chapecoense/Unoesc já havia sido derrotada pela Moda Brusque na semifinal da Superliga C, também pelo mesmo placar em um jogo emocionante, semelhante ao que foi visto neste sábado no Bandeirante.
A Moda Brusque começou o primeiro set na frente. Após saque de Êdi, o time de Chapecó tentou responder em um ataque que ficou no bloqueio de Emily. A Chapecoense/Unoesc, no entanto, foi somando seus primeiros pontos em seguida e o início de jogo estava equilibrado, mas com o time adversário assegurando a vantagem.
Os primeiros pontos da partida indicavam o que seria o restante do jogo: um duelo de igual para igual. A Moda Brusque atacava forte com Ju Nogueira, que logo de início marcou dois pontos de ataque.
A maioria dos ataques da Moda Brusque estavam funcionando, tanto com Ju Nogueira quanto com Mila e Emily. Porém, a equipe da casa começou com dificuldades para se defender. Então, a Chapecoense/Unoesc chegou a abrir 12 a 8, quatro pontos de vantagem, quando o técnico Maurício Thomas pediu tempo.
Atrás no primeiro set da partida, a Moda Brusque começou a esboçar reação com um ataque do time de Chapecó que, novamente, parou no bloqueio de Emily, reduzindo a vantagem do time adversário. Aos poucos o bloqueio da Moda Brusque começou a funcionar e o time foi encostando no marcador.
Apesar dos erros de saque do time visitante, a vantagem ainda era mantida e, a todo momento, a Moda Brusque encostava no placar, em uma partida digna de final. As investidas do time da casa surtiram efeito e o marcador chegou a igualar em 18 a 18 com mais um bloqueio de Emilly e Ju Nogueira, atletas que se destacavam no duelo. O técnico Michel Guimarães pediu, então, tempo para a Chapecoense/Unoesc.
Apesar da tentativa da Moda Brusque em virar o jogo, o time adversário retomou com os ataques, principalmente pelo lado direito com Débora, e fechou o primeiro set por 25 a 21.
E a resposta das anfitriãs veio no segundo set. Em um belo reinício, os ataques e bloqueios da Moda Brusque funcionaram e a equipe começou a buscar o prejuízo. O placar chegou a marcar 11 a 5 para as mandantes, seis pontos de diferença logo no começo do segundo set.
As tentativas do time do Oeste em encostar no placar eram falhas e a maioria das bolas vindas da quadra adversária pararam no bloqueio da Moda Brusque. A Chapecoense/Unoesc via o placar aumentar a cada vez mais e a equipe brusquense, em uma rápida resposta, seguia colocando as bolas no chão da quadra, chegando a abrir nove pontos de vantagem.
Implacável, Ju Nogueira não perdoava e seguia com bons ataques pelos lados. A realidade do segundo set era diferente do primeiro, pois agora era o time adversário que tentava, a todo custo, encostar no placar. Porém, a Moda Brusque seguia aumentando o marcador em um reinício de jogo espetacular. A esta altura, a equipe da casa já abria dez pontos sobre as visitantes.
Prestes a fechar o set, um erro de saque e dois ataques do time adversário começavam a demonstrar uma possível reação da Chapecoense/Unoesc. As esperanças da equipe do Oeste, porém, deixaram de existir com um último ataque de Êdi, que fechou o set em 25 a 18, igualando o duelo final em 1 a 1.
A Chapecoense/Unoesc começou melhor no terceiro set, mas a Moda Brusque seguia ativa na partida. O jogo seguia equilibrado, mas eram as atletas de Chapecó que estavam à frente na final do Catarinense.
Cada ponto contava, então um ataque para fora ou uma bola fácil não defendida poderia custar caro para ambas as equipes. O jogo seria definido no detalhe. O placar no terceiro set marcava 13 a 8 para a Chapecoense/Unoesc quando o técnico Maurício Thomas pediu tempo.
As investidas da Moda Brusque pelo centro da quadra com Êdi continuavam surtindo efeito, acompanhadas de falhas cometidas pelas adversárias. Assim, a equipe brusquense reagia na partida, encostando a cada vez mais no placar.
O time da casa chegou a ficar a dois pontos de igualar o jogo, mas a chance da Moda Brusque em empatar, entretanto, durou pouco. As atletas adversárias voltaram a pontuar e fecharam o terceiro set em 25 a 21.
No quarto set, a Moda Brusque indicava nova reação, assim como foi no segundo set. Tentando a todo custo levar o jogo para o tie-break, as anfitriãs reiniciaram a partida vencendo por 7 a 2. Os ataques de Ju Nogueira e Êdi eram fatais e, muitas vezes, indefensáveis para as adversárias.
Agora era o time do Oeste que tentava encostar no marcador, mas os ataques de Sassá, somados às falhas das adversárias, indicavam que o jogo teria cinco sets. A Moda Brusque seguia bem no duelo, mas ainda encontrava dificuldades para ampliar a vantagem.
Mesmo assim, a torcida brusquense vibrava ponto a ponto, enquanto a Chapecoense/Unoesc tentava reagir, mas encontrava empecilhos para colocar a bola no chão da quadra das anfitriãs.
Aos poucos o time do Oeste foi encontrando os caminhos, buscando a virada do jogo, e chegou a empatar em 16 a 16 após um série de erros da Moda Brusque. Emily, no entanto, em mais um ponto de bloqueio, impediu a virada das adversárias.
O inesperado, porém, aconteceu quando a Chapecoense/Unoesc virou o jogo quando o set se encaminhava para o fim, mas as atletas da Moda Brusque não deixavam as adversárias abrirem vantagem e conseguiram, novamente, empatar o duelo, virando em seguida com um ataque forte de Ju Nogueira que levou a torcida ao delírio.
Em nova virada, o time de Chapecó chegou a ficar a um ponto de fechar o set. Estava 24 a 22 quando a Moda Brusque tinha as últimas chances para empatar o placar e levar para o ponto de desempate, o que aconteceu.
Com dois erros do time de Chapecó, aquilo que há quatro pontos atrás parecia impossível, ocorreu. A Moda Brusque fechou o quarto set por 26 a 24 e levou o jogo para o tie-break. Agora, com tudo igual, a equipe que fizesse 15 pontos primeiro seria a grande vencedora.
A Moda Brusque foi para o tudo ou nada e começou na frente no quinto e último set. Em ralis impressionantes, a última bola sobrava para o time brusquense colocar no chão e levar a torcida a loucura no ginásio do Bandeirante.
As anfitriãs abriram quatro pontos de vantagem e mantiveram o resultado, já colocando a mão no título do Campeonato Catarinense. Na primeira metade do tie-break, a Moda Brusque vencia por 8 a 4 e seguia pontuando.
E no final só deu Brusque. O time da casa venceu o quinto set por 15 a 12 e enfim a torcida pôde soltar o grito da vitória após uma virada espetacular em uma partida que durou aproximadamente três horas.
Esta é a nona vitória da Moda Brusque, que ainda não sabe o que é perder. Até o momento foram quatro vitórias na Superliga C e cinco vitórias no Campeonato Catarinense. A Mampituba/Radar/Unesc ficou em terceiro lugar no estadual e Bluvôlei em quarto. Sassá foi eleita a melhor jogadora da competição.
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