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Em livro, Helga Kamp retoma história da família Von Buettner

Com levantamento foi possível mapear até quatro gerações anteriores

O projeto do livro Arquivo Comentado dos Von Buettner no Brasil exigiu cerca de 10 anos de pesquisa de Marga Helga Kamp, 86 anos. Descendente da família Von Buettner, ela dedicou o período à aprofundar o contexto e história de familiares de até quatro gerações anteriores.

A obra, ainda sem data de lançamento, deve contemplar além do levantamento, a reprodução de documentos e fotos da época, além de parte da genealogia da parcela da família que veio para o Brasil.

A história foca na origem dos descendentes de Eduard e Albertine Von Buettner. A pesquisa envolve três gerações anteriores à Maria von Buettner, a Condessa Poninska e duas a partir de Eduard Von Buettner. O livro também aborda parte da família Burrow, da avó materna da autora.

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A intenção da autora é lançar primeiro como um e-book. Um pré-lançamento também deve ser organizado como forma de custear as impressões. O número previsto de unidades é limitado em 500 exemplares. Hoje, a produção passa por revisão.

O desejo de retomar a trajetória da família em detalhes veio de uma preocupação de Helga em preservar parte da história. “No início, não tinha interesse, mas assim que comecei a vasculhar isso, fiquei fascinada e quem iria fazer isso?”

Fluente em cinco idiomas, Helga via com preocupação a falta de interesse pelos arquivos e documentos mantidos preservados pelos avós e pais. Para ela, a cultura armazenada tem valor incalculável, mas precisava passar por organização e conferência de datas e locais descritos.

Em referência ao domínio dos idiomas, lembra a dificuldade dos netos em assimilar o alemão. “As pessoas que deixam de preservar uma língua dos seus ancestrais são uma perda de capital enorme”.

Da Silésia ao Brasil
De acordo com Helga, a preocupação com digitalizar fotos e documentos é uma tentativa de ajudar futuros pesquisadores a terem acesso aos materiais, em boa parte inéditos para o público externo. Já os originais devem permanecer arquivados ou em acervos públicos ou da própria família.

A vinda da família Von Buettner da Silésia, parte da atual Polônia, para o Brasil, começou com a bisavó de Helga e uma irmã. Na época, elas haviam assistido palestras sobre o processo de colonização do sul brasileiro, ministradas por Maximilian von Schneeburg, o Barão de Schneeburg, e resolveram investir na proposta.

Apesar das origens na nobreza local, o processo não foi simples e colocou a prova a capacidade de perseverança das condessas. Segundo Helga, elas contrataram um administrador para fazer a compra dos materiais para a construção de uma fábrica de charutos. O material seria trazido para o Brasil de barco, mas, ao chegar no país, o homem decidiu seguir para a Argentina.

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De acordo com a apuração da descendente, as duas também cogitaram a compra de plantações de café no estado do Rio de Janeiro, mas acabaram tentando um empreendimento próximo da Colônia Dona Francisca, hoje na região de Joinville. A tentativa não teve resultados, assim como uma tentativa de sucesso em Desterro, atual Florianópolis.

“Elas empobreceram tanto que precisaram vender todos os pertences”, resume. Após começar a dar aulas, a tia avó de Helga, Cristina Otília Apolônia Von Buettner, foi transferida para Blumenau, onde foi a primeira professora da escola para mulheres.

Foi na cidade que Eduard von Buettner, avô de Helga, conheceu Albertine. Na época, ela havia sido contratada para trabalhar como leitora da Condessa. Mais tarde, Albertine teria sido uma das incentivadoras para criar a Indústria Eduard von Buettner e Cia, administrada pelo filho mais velho, Edgar. Ela também é indicada como uma das precursoras das confecções em Brusque.

O projeto do livro Arquivo Comentado dos Von Buettner no Brasil exigiu cerca de 10 anos de pesquisa de Marga Helga Kamp, 86 anos. Descendente da família Von Buettner, ela
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