Obras na Estrada da Fazenda são afetadas pelo clima instável
Empresas locais reclamam dos transtornos causados aos funcionários e clientes
A transição entre as rodovias Ivo Silveira e Antônio Heil, pela rua Abraão de Souza e Silva, a Estrada da Fazenda, está interditada. O motivo são os serviços de pavimentação desenvolvidos em 4,5 quilômetros da via. Além dela, melhorias como a macrodrenagem e colocação de calçadas estão previstos.
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Os trabalhos são desenvolvidos pela empresa Pacopedra desde o fim de agosto, após uma rescisão de contrato com a Múltiplos, vencedora da licitação. Os serviços são estimados em mais de R$ 3,1 milhões.
Um dos obstáculos tem sido as chuvas, segundo o gerente de engenharia da empresa, Cristian Fuchs. O tempo instável tem limitado o andamento dos trabalhos nas últimas duas semanas. “Quando chove, não conseguimos trabalhar. É muito difícil conseguir fazer o que tem que ser feito, conforme o especificado”.
Além de equipamentos como escavadeiras hidráulicas, caminhões e motoniveladoras, cerca de 10 pessoas atuam na obra. De acordo com ele, os números variam conforme a possibilidade de trabalho.
Andamento
Mesmo com a limitação, a equipes mantêm a operação normal para o serviço. Ao todo, a empresa possui cerca de um ano para a conclusão do serviço.
Por enquanto são feitos serviços de terraplanagem e drenagem. O local ainda depende da instalação de tubulações, caixas coletoras e colocação de camadas de pavimento. Após o processo, inicia a confecção de meio fio, camada asfáltica, finalização das calçadas e da sinalização.
Até a finalização do preparo do solo, parte do trajeto entre as rodovias, pela Estrada da Fazenda, está suspenso. O ponto mais avançado dos trabalhos é o de 1,5 km inicial da obra, no sentido Limoeiro – Bateas. No local, já iniciou a construção das 150 bocas de lobo previstas para serem instaladas ao longo da via.
Na avaliação do vice-prefeito Ari Vequi, desde a troca da empresa responsável pela obra, os trabalhos são desenvolvidos conforme o cronograma planejado.
“Desde o início desta obra tínhamos a intenção de finalizar o quanto antes. A partir do momento que a empresa assumiu, não tivemos problemas com a obra, só com o tempo”, resume.
Acesso alterado
No bairro Bateas, o andamento da obra é acompanhado com atenção por Rafael de Souza e Silva, gerente contábil na HG Têxtil. Segundo ele, a falta de atualização quanto ao andamento dos trabalhos deixa quem depende da Estrada da Fazenda apreensivo. “Estamos abandonados”.
Antes do início dos trabalhos, para evitar que a poeira gerada pela estrada impactasse no maquinário e na saúde dos funcionários, a empresa investiu cerca de R$ 40 mil na compra de um caminhão-pipa para molhar as proximidades da empresa. Por mês, são quase R$ 2 mil só para manter o veículo.
Com a interdição e andamento das obras, os atrasos entre os 350 funcionários se tornaram recorrentes. Pela estimativa dele, cerca de 700 pessoas poderiam utilizar a via para ter acesso às empresas das proximidades, além de servir de opção para o trânsito de caminhões.
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As entregas, segundo o gerente comercial Ricardo Fuzão, também são impactadas. Para contornar o trecho interditado, os caminhões levam até 30 minutos a mais. Outra dificuldade é o acesso de clientes. Em alguns casos, é preciso marcar pontos de encontro para auxiliar no trajeto.
Caminho maior
As dificuldades, afirma Ricardo, são recorrentes para os trabalhadores. Ele estima que cerca da metade precise se deslocar do Limoeiro até o Bateas todos os dias. Este é o caso de Patrícia Benitez, 35.
Para chegar ao trabalho, ela precisou trocar a moto pelo carro, devido à lama. Com a interdição do trecho da Estrada da Fazenda, ela precisa fazer um desvio de rota, há dois meses. A mudança fez o trajeto da casa até o local aumentar de três para 16 quilômetros.