Em meio à disputa pela posse da residência, herdeiro continua com projetos para a Villa Renaux

Imóvel é alvo de briga judicial entre a massa falida da fábrica Renaux e a historiadora Maria Luiza Renaux, já falecida

Em meio à disputa pela posse da residência, herdeiro continua com projetos para a Villa Renaux

Imóvel é alvo de briga judicial entre a massa falida da fábrica Renaux e a historiadora Maria Luiza Renaux, já falecida

Mesmo com a disputa judicial pela posse do Casarão Renaux parada, o herdeiro de Maria Luíza Renaux, Vitor Renaux Hering, segue com os planos que tem para a propriedade, que está localizada na avenida Primeiro de Maio, em Brusque. 

O trineto do cônsul Carlos Renaux conta que, além do processo de tombamento tramitando nas instâncias correspondentes, está dando continuidade ao extenso projeto de arquitetura, desenvolvido pela arquiteta Rosalia Wal, especialista em restauração de bens imóveis e áreas culturais. 

As ideias envolvem aspectos de conservação em torno da casa e transferência da área de serviço para um outro espaço, para explorar a casa original. “Está muito atrativo” diz Vitor. A intenção é apresentar o projeto no fim do ano para autoridades da administração pública e também do Conselho de Cultura do estado e do município. 

Além disso também há contato com a Prefeitura de Brusque para projetar uma forma de canalizar a água que passa no local.

Fora os projetos mais ousados, que para serem colocados em prática dependem de uma conclusão da ação judicial, a manutenção é feita regularmente. 

Processo

O trineto do Cônsul Carlos Renaux deu continuidade ao processo de usucapião aberto pela mãe em 2012. Ela morou na casa durante muitos anos e moveu ação contra a Fábrica de Tecidos Carlos Renaux, sob o argumento de que cuidou da casa como se fosse proprietária. 

A massa falida da empresa foi comprada em 2017 pela Challenger Fundo de Investimento, de propriedade da Havan. O objetivo é que incorporada ao patrimônio, a casa possa integrar o rol de bens a serem alienados para pagamento dos débitos, estimados em mais de R$ 300 milhões. 

O administrador judicial da massa falida, Gilson Sgrott, contesta o pedido da família e avalia que a casa apenas foi emprestada para Maria Luíza. Ainda não há uma previsão para o julgamento do processo e não há perspectivas de qual decisão será tomada. 

Tombamento

Em Santa Catarina o imóvel foi considerado passível de tombamento pelo Conselho Catarinense de Cultura de forma unânime, um fato inédito de acordo com o herdeiro, e agora aguarda uma avaliação do governador Carlos Moisés. 

Um pedido de tombamento também tramita em instância federal, foi recebido e está sendo avaliado. O status já deixa a casa sujeita às regras de tombamento, como se já fosse um imóvel tombado. 

No âmbito municipal, Vitor explica que conseguiu a isenção do IPTU neste ano. A casa foi apresentada ao Conselho de Cultura do município, avaliada pelos técnicos, e após julgamento foi concedida a isenção. 

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