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Danilo Rezini afirma que, se o Brusque se mantiver na Série B, estádio é a condição para sua permanência como presidente

Em entrevista à Rádio Cidade, dirigente falou sobre possibilidades da construção de uma casa própria para o quadricolor

O presidente do Brusque, Danilo Rezini, afirmou em entrevista à Rádio Cidade, logo após o empate sem gols do quadricolor com o Vitória, que não continuaria à frente do clube caso a permanência na Série B fosse conquistada e a ideia de construir um estádio próprio não saísse do papel.

Perguntado pelo comentarista Dirlei Silva sobre as perspectivas de o clube ter um estádio próprio, Rezini se mostrou confiante quanto à permanência na Série B. No entanto, pôs em dúvida sua continuidade no clube caso o estádio não seja construído para a disputa da segunda divisão nacional em 2022. Ainda assim, afirmou que o clube vai encontrar alguma forma de tirar o projeto do papel.

“Temos lutado bastante, né Dirlei? O Rodrigo [Santos, narrador] também sabe, acho que todos sabem da nossa luta para que possamos ter um estádio. Nós temos um ótimo terreno na Estrada da Fazenda, na saída da rodovia Antônio Heil. Mas existe sempre a possibilidade nossos grandes parceiros da Havan de construir um estádio. Claro que a gente não vai fazer pressão porque não é um investimento pequeno, é muito grande, de muita responsabilidade.”

“Se não for a Havan, fica difícil porque como que nós vamos fazer um estádio? São valores altíssimos e temos que fazer a toque de caixa, já para o ano que vem. Porque se ficarmos na Série B, e se Deus quiser nós vamos ficar, vamos ter que jogar fora de Brusque. E isto é inevitável, tá? Nós só estamos jogando aqui por causa desta pandemia, desta doença maldita. (…)”

“Vamos ter duas situações extremamente negativas. A questão técnica, jogar fora de casa uma Série B; e a questão financeira. Realmente, é uma questão que nos preocupa, e muito, mas acredito que a partir do momento que nós obtivermos os pontos necessários para permanecermos na Série B do ano que vem, aí sim, vou reunir a diretoria, vamos fazer uma visita oficial à Havan, trocar umas ideias com o Luciano [Hang] e com todo seu estafe para ver se há uma possibilidade real de fazer este estádio.

E se não houver, realmente, é uma situação que tem que ser reavaliada até a questão da continuidade do Brusque. Porque eu, sinceramente, como presidente, eu vejo, sinto, passo pelas dificuldades do dia a dia já há 12 anos dentro do clube. E não tenho dúvida nenhuma. Falo com a maior clareza e com a maior convicção. Se nós estivermos na Série B do próximo ano sem um estádio para jogar, sinceramente, da minha parte, como presidente, eu jogo a toalha. Eu não continuo. Porque eu sei que… Jogando aqui vocês veem a dificuldade que é, já, aqui no Gigantinho, em que estamos acostumados, e tal, é difícil. Então isto aí tem que ser muito bem pensado, muito bem avaliado.

Na sequência, o presidente do quadricolor voltou a demonstrar otimismo e afirmou que a diretoria irá encontrar uma forma de tornar viável a construção do estádio.

“Mas não tenho dúvida: o Brusque é forte, nossos patrocinadores são fortes, estão focados no Brusque Futebol Clube, acreditam na gestão desta diretoria, e não tenho dúvida de que se nós estivermos na Série B, certamente as coisas vão mudar positivamente e nós vamos conseguir. Não sei de que maneira, mas vamos buscar uma atitude, uma maneira, uma possibilidade de termos este estádio tão falado e tão importante para a continuidade do Brusque Futebol Clube.”

Minutos antes, o presidente do Brusque comentou as perspectivas do Brusque na Série B, reconhecendo o momento complicado dentro de campo.

“Uma queda neste momento para a Série C dá um desânimo total na torcida, na diretoria, e é uma coisa até natural. Mas nós não esperamos que isto vá acontecer, não. Nós estamos bem conscientes de que temos uma equipe competitiva, ela já provou isso aí. Estamos passando por um momento um pouco delicado, mas certamente vamos recuperar esta situação e vamos voltar, com certeza, a dar alegria para nossa torcida e buscar nosso objetivo, que é permanecer na Série B.”

Longo período

Danilo Rezini assumiu a presidência do Brusque pela primeira vez em abril de 2008, após o afastamento voluntário de Inácio Schwartz. Naquele momento, o clube havia acabado de ser rebaixado no Campeonato Catarinense. Nos primeiros meses com Rezini no comando, ainda em 2008, o clube conquistou a segunda divisão estadual, a Copa Santa Catarina e a Recopa Sul-Brasileira.

Em outubro de 2011, Rezini anunciou que não permaneceria no cargo. Mauricy Pereira de Souza foi o único candidato à sucessão. Com o rebaixamento no Catarinense, sem patrocinadores e sem apoio, o novo presidente deixou o clube no início de 2013, e Danilo Rezini voltou ao comando do clube, permanecendo desde então.


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Rezini