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Em sua 12ª edição, Brusque Motorcycle atrai apaixonados por duas rodas

Manobras radicais, lançamentos do setor e shows atraíram o público

Em quatro dias, a 12ª edição do Brusque Motorcycle – Encontro Sul-americano de Motos reuniu mais de 20 mil pessoas e gerou cerca de R$ 3 milhões em negócios no pavilhão Maria Celina Vidotto Imhof. Além das exibições de manobras e shows, os visitantes aproveitaram para conhecer as novidades do salão de negócios.

O espaço é eclético e abriga motos de diferentes estilos, cilindradas, marcas e origens. A paixão pelas duas rodas também não tem idade. De Guabiruba, Marcos Wippel, 42 anos, trouxe o filho Marcos Eduan, 7, para ver de perto seus veículos preferidos.

Apesar da pouca idade, o garoto fala com propriedade sobre as motos preferidas. Assim como o pai, ele também pilota, mas uma moto com 50 cilindradas. O gosto prematuro lembra a infância e juventude de Wippel, boa parte vivida sob uma mobilete.

Desde 2007 ele faz parte de um motoclube e aproveita para participar dos eventos e compartilhar as experiências com o filho. “É um lugar onde se faz amizades e se conhece muita coisa nova.”

Essa possibilidade de relação mais próxima com pessoas que compartilhem o mesmo gosto trouxe Douglas Bianchi, 41, e outras seis pessoas de São José, na Grande Florianópolis. Para ele, o Brusque Motorcycle possibilita conhecer novas pessoas e rever amigos feitos na estrada.

Pegando a estrada
Rafael Freitas, 35, veio para o evento com um grupo de cinco amigos de Paranaguá, litoral do Paraná, no sábado. Eles conheceram o evento pela internet, alugaram quartos em hotéis da cidade e aproveitaram a programação.

Antes de vir para Brusque, já haviam participado de eventos em Blumenau, Penha e Laguna. Nos encontros na região, as boas referências quanto à cidade motivaram o grupo a pegar a estrada até o pavilhão. Como primeira experiência, ele aprovou o Brusque Motorcycle. Atividades paralelas e organização do evento, segundo ele, são os destaques.

Mesmo quem pilota os triciclos tem espaço e diversão garantidos no evento. A programação atrai Max Lima, 45, e a esposa Simone, 44, de Florianópolis para Brusque desde 2006. A rotina de participação em eventos, além de um escape na rotina do corretor de câmbio, é um hobby para a família. Uma semana antes do encontro brusquense, eles haviam participado de atividade semelhante no Paraná.

Novidades e contatos
Entre os expositores, o evento é uma oportunidade de ampliar as redes de contatos e apresentar novidades aos clientes. Empresas aproveitaram o Brusque Motorcycle para demonstrar seus produtos, desde lembranças, roupas e adereços a novos modelos disponíveis nas concessionárias da região.

Entre 15 e 20 dias antes do encontro, inicia a preparação da equipe de Daniel Bressiani, da Mega Motos, concessionária Honda. Na sessão reservada às motos, eles foram os únicos do município a expor. Assim como em 2015, eles apostaram no sorteio de uma moto para atrair mais visitantes ao estande.

O resultado, segundo o administrador, foi positivo. A exposição foi organizada para atrair diversos públicos, desde os amantes de trilhas aos que procuram veículos próprios para viagens longas. “Todo tipo de contato com o cliente é uma oportunidade de criar mais relacionamento.”

De acordo com Clóvis Marcilio, executivo de vendas da Top Car, de Florianópolis, esta foi a quarta participação da empresa no evento. Com lojas na capital, em Blumenau e um showroom em Balneário Camboriú, a empresa trouxe lançamentos da BMW.

A GS 1200 Adventure atrai uma atenção especial dos visitantes. Além da capacidade de viajar até 500 quilômetros com um tanque de combustível, o painel eletrônico, gerenciado por um controle na manopla, é um atrativo à parte. Nele, é possível não só utilizar o sistema de GPS, como atender a ligações, reproduzir música e ter informações sobre todo o funcionamento da moto.

No muro da morte
Entre as atrações, o Wall of Death, o muro da morte, foi uma das novidades desta edição. Até três motos são pilotadas ao mesmo tempo em uma pista circular fechada. As manobras são feitas em ângulos de 90 graus.

Até conseguir apresentar o número, o grupo de Curitiba treinou por cerca de um ano. De acordo com Tiago Cordeiro, 25, esta foi a primeira apresentação deles em 2018. O evento fez com que o jovem piloto conhecesse a cidade. Após cada apresentação, ele e os colegas separavam um tempo para atender parte do público, ainda empolgado com a exibição.

“As manobras são arriscadas, mas nos preparamos bem para isso. O momento mais tenso é quando estão as três motos andando ao mesmo tempo”, relata o ex-piloto de wheeling, modalidade em que as manobras de perícia, força e equilíbrio marcam cada performance.

Conheça o muro da morte:

*Atualizado às 16h30 de 06/05