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Em um ano e meio, Acapra implanta cerca de 350 microchips em animais de Brusque e região

Caso os animais se percam, banco de dados permite localizar os tutores

Identificar o tutor de um animal perdido para que ele possa ser devolvido ao proprietário é uma das principais vantagens da implantação de microchip em cachorros e gatos.

O pequeno dispositivo, menor do que um grão de arroz, é inserido no pescoço do bichinho e por meio de um leitor eletrônico é possível obter dados como nome, telefone e endereço do dono.

Desde o início de 2016 a Associação Brusquense de Proteção aos Animais (Acapra) utiliza o sistema ao doar os bichos nas feirinhas. Neste período, cerca de 350 animais, a grande maioria cachorros, foram chipados. Até agora a entidade não foi comunicada de nenhum problema relacionado à perda de algum pet.

“É uma vantagem para a Acapra, para o animal e para o dono. É uma maneira de prevenir o abandono, já que ao implantar o chip saberemos onde encontrar o responsável pelo bichinho. Mais do que uma proteção ao animal, é uma utilidade ao dono”, destaca a presidente da associação, Lilian Dressel.

A Acapra compra o chip diretamente de um fornecedor de São Paulo, e as próprias voluntárias, treinadas por um veterinário, inserem o dispositivo no animal na hora que ele é doado. O procedimento é rápido e não causa dores.

No chip é colocado um número com informações de identificação do animal e do dono, e caso o bicho se perca, é possível identificá-lo, já que as informações são inseridas no banco de dados nacional da Abrachip: www.abrachip.com.br, que a Acapra tem acesso.

“Se, por exemplo, um animal se perder e uma pessoa encontrá-lo, ela pode entrar em contato conosco e nós, por meio do número do chip, vamos identificar o dono”, explica.

O valor da taxa de adoção com a implantação do microchip da Acapra custa R$ 30.

Pouca procura
A presidente da entidade avalia que em Brusque ainda são poucos os animais chipados. Segundo ela, muito se deve à baixa divulgação e aos custos, que em média são de R$ 100 em hospitais e clínicas veterinárias. “É algo que não pegou ainda na cidade, mas é um sistema que tem muitas vantagens, inclusive têm municípios que a implantação de chip é lei”, conta.

As clínicas veterinárias de Brusque realizam poucas implantações de chips. De cinco estabelecimentos pesquisados pelo O Município, três fazem o procedimento, no entanto, a demanda é baixa.

Na SOS Animais, por exemplo, onde o dispositivo é oferecido há dez anos, não há muita procura, porém, vem crescendo a cada ano, conforme diz o veterinário e proprietário do local, Edson Rogério de Souza.

“É aplicado com uma seringa própria para esse procedimento na região próxima da nuca, em baixo da pele e não traz risco ao animal. O material é inócuo, biocompatível e não tem rejeição”, explica. Após aplicado, o chip fica até o fim da vida do animal.

Na SOS Animais, a colocação do chip custa R$ 90. Já na visão da Vita Vet, onde o dispositivo é implantado a R$ 98, a falta de divulgação e o valor são os principais fatores para a baixa adesão.

Como funciona
Existe um leitor próprio para ler o microchip implantado no animal. Ele contém um scanner, que faz a varredura do sinal emitido pelo chip por meio de uma frequência de rádio baixa. Após ler o código, este é mostrado no visor do leitor.

O dono preenche um cadastro da empresa fornecedora do microchip para cães e gatos, e as informações ficam em um sistema de banco de dados. O leitor capta o número, esse número é verificado pela empresa e é feita a busca no banco de dados, encontrando, assim, informações de quem é o dono, endereço e contato.

Vantagens
– O microchip não precisa de nenhum tipo de recarga, só irá ser ativado pelo leitor;
– É impossível que o cão ou gato perca o microchip;
– Não para de funcionar por toda a vida do animalzinho;
– Não é necessário realizar nenhum tipo de manutenção.