Nos últimos anos, o combate ao excesso de peso passou a exigir uma abordagem mais ampla, que considera fatores genéticos, emocionais, sociais e culturais — e não apenas a relação entre calorias ingeridas e gastas.
Segundo o médico João PedroTechy, diretor técnico da clínica Techy Medicina & Saúde, perder peso de forma adequada não envolve soluções simples ou radicais.
“A Obesidade é frequentemente definida e diagnosticada com base no Índice de Massa Corporal (IMC). Porém, a composição corporal de cada pessoa – a porcentagem de gordura e músculo, por exemplo – altera a interpretação dos dados”, explica.
Ele destaca que há diferenças na distribuição de gordura entre homens e mulheres. “Há ainda o chamado ‘falso magro’, que são indivíduos que apesar do IMC normal, possuem a gordura corporal elevada em comparação com a massa muscular”, diz.
Estilo de vida e saúde mental
Além da genética, fatores sociais e comportamentais como sedentarismo, má alimentação, estresse e questões emocionais devem ser considerados.
“A vida moderna junto de maus hábitos contribuem para o ganho de peso. Situações que causaram mudanças no estilo de vida — casamento, divórcio, filhos, pandemia…”, comentou.
A pandemia, inclusive, foi um marco. “Muita gente ficou confinada e sem atividade física, ansiosa, com medo e com uma péssima rotina. A compulsão alimentar disparou e junto disso o peso”.