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Embarcações percorrem 15km do Itajaí-Mirim para promover a prática da canoagem

Na manhã de sábado, 14, vinte embarcações percorreram 15 km do Itajaí-Mirim para promover a prática do esporte

Passava das 10h da manhã quando os primeiros canoeiros começaram a despontar no Itajaí-Mirim. Vinte pessoas madrugaram neste sábado, 14, para percorrer 15 quilômetros de caiaque entre a Cristalina e o Centro de Brusque. Eles iniciaram a descida do rio às 7h30 e terminaram a aventura em frente ao Sesc. Nem mesmo a chuva afastou os competidores. Aliás, ela ajudou bastante as condições do rio.

“Com o mau tempo a correnteza fica maior e com isso o trajeto foi muito tranquilo, sem precisar fazer grande esforço. Apesar da chuva atrapalhar em alguns casos, hoje ela contribuiu muito para a prática do esporte”, garante Rubens Popper, o Binho, secretário da Associação Brusquense de Canoagem (ABQC).

O esporte é disputado nas Olimpíadas desde 1936 e praticado por dois tipos de embarcações: canoas e caiaques. Até hoje, a cidade não recebeu nenhum evento dessa modalidade e a associação, fundada em 2001, pretende trazer ao município disputas estaduais e nacionais. Apesar da canoagem não ser uma prática tradicional na cidade, Binho revela que Brusque pode desenvolver competidores com potencial, se houver mais eventos e incentivos.

Foi com esse intuito que a ABQC promoveu a descida do rio: chamar a atenção dos canoeiros de Brusque e região para a volta das atividades da associação. De acordo com Binho, antes de trazer competições para a cidade, é necessário reorganizar a estrutura da associação. No dia 5 de março, haverá uma eleição para formar a nova diretoria da entidade. “O que foi feito hoje foi mais uma aventura do que uma disputa. Esperamos agregar a todos que tem o caiaque e que gostam do esporte para se associar e participar dos nossos eventos. Assim conseguiremos retormar a prática do esporte e trazer eventos importantes para Brusque”, revela.

Nessa primeira aventura do ano eles foram acompanhados pela Defesa Civil e o superintendente da Fundação Municipal do Meio Ambiente (Fundema), Diego Furtado. “Já fizemos esse tipo de descida há algum tempo para a coleta de lixo nas margens do rio. Queremos continuar essa parceria junto com a associação e promover eventos esportivos, pois isso pode ser utilizado também como uma ferramenta de educação ambiental e de interação com o meio ambiente. Inclusive, já começamos a ver algumas modalidades que poderíamos trazer para Brusque”, explica.

De acordo com ele, o rio é muito propício para a prática da canoagem, principalmente com caiaques. No último ano, representantes da Fundema e da ABQC visitaram associações em Itajaí e Florianópolis para ver como é a prática do esporte em diferentes condições do rio.

Wilian Ramos, de 20 anos, desceu o rio pela primeira vez na manhã de sábado. Ele comprou seu caiaque para praticar na praia e, até então, nunca tinha utilizado a embarcação sem ser no mar. Ele conta que a experiência agradou bastante e que pretende continuar a participar de eventos como este.

“Quando o pessoal da associação me convidou eu topei participar pela curiosidade que eu tinha em fazer esse trajeto pelo rio e devo dizer que, comparado ao mar, aqui o percurso é bem mais intenso. Além da paisagem, que muda bastante, aqui tem também a correnteza, que acaba dando uma certa adrenalina”, diz.