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Empresária de Brusque recebeu auxílio emergencial; dinheiro foi devolvido

Alini Caetano Eccel afirma que a solicitação foi feita pelo marido, o também empresário e pré-candidato a prefeito Helio Cesar Eccel

De acordo com informações do governo federal, a empresária Alini Caetano Eccel, de Brusque, recebeu R$ 600 do Auxílio Emergencial. Situação foi denunciada ao jornal O Município na última sexta-feira, 10, quando foi apurado o nome da empresária e constatou que o dinheiro foi recebido em abril.

De acordo com Alini, a solicitação foi realizada pelo marido, o empresário Helio Cesar Eccel, que é pré-candidato do Partido Social Liberal (PSL) para a Prefeitura de Brusque deste ano.

Divulgação

Segundo ela, Eccel cuida da parte financeira do casal. “Na pandemia todo mundo precisou. Fiquei parada por 30 dias e com uma dívida enorme”, ela conta.

A reportagem entrou em contato com Helio Eccel, que explica que o dinheiro foi devolvido ainda na sexta-feira. De acordo com ele, a solicitação foi feita no início da pandemia e ocorreu após Alini fazer a inauguração do próprio estabelecimento.

“Na época, em fevereiro, foi inaugurado o estúdio dela. Teve muitas despesas e logo veio a pandemia”, diz.

Dentre as despesas, Eccel aponta o pagamento do aluguel, pois o faturamento é originário do trabalho da equipe e ninguém trabalhava naquele período.

“Eu verifiquei que ela tinha direito, porque o faturamento dela entrava no que o governo pedia”, ressalta. Ele se refere a uma das regras para obtenção ao benefício, que é não ter recebido mais de R$ 28.559,70 em rendimentos tributáveis ao longo de 2018.

Contudo, as regras do Auxílio Emergencial também indicam ter renda mensal de até três salários mínimos, que é R$ 3.135, por família; e também ter renda mensal de até meio salário mínimo, R$ 522,50, per capita, isto é, por pessoa da família “Nem olhei essa questão do salário, se eu tivesse olhado não teria feito”, admite.

De acordo com Eccel, quando voltou o atendimento, após abertura das atividades e do “susto” da pandemia passar, foi visto que não teria necessidade de usar o dinheiro do Auxílio Emergencial. “Nem foi utilizado e nem vai ser utilizado”, diz.

Ele explica que, neste tempo, foi negociado o aluguel e feito o pagamento de placas, energia elétrica e parte da instalação. Portanto, foi solicitado a devolução de R$ 1,2 mil.

“Foi feito a devolução da primeira parcela e tem outra (solicitação) que está depositada no virtual, porque não chegou o momento de cancelamento. O saque é só a partir de agosto. A segunda parte cancelou antes de receber e só recebeu a de abril”, continua.

Para devolver o dinheiro do auxílio, foi acionado um boleto no aplicativo ainda em junho. Este, foi pago na última sexta-feira e comprovado para a reportagem do jornal O Município.

Arquivo pessoal

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