Empresária que fechou confecção marca reunião, mas nenhum representante comparece, em Blumenau

Sem rescisão e salário, funcionárias devem entrar com ações judiciais contra a empresa

Empresária que fechou confecção marca reunião, mas nenhum representante comparece, em Blumenau

Sem rescisão e salário, funcionárias devem entrar com ações judiciais contra a empresa

Sob sombrinhas e a chuva insistente que caiu na tarde desta quinta-feira, 19, funcionárias da empresa Bumer, de Blumenau, esperaram pelo advogado que a administradora Claudete Censi informou que enviaria. Ela encerrou as atividades da confecção sem informar as trabalhadoras, que na manhã desta quarta-feira, 18, foram cumprir o expediente e encontraram as portas fechadas.

Sem receber a demissão ou qualquer auxílio, as mulheres ainda tentavam entender o que ocorrera. A esperança era que o advogado trouxesse alguma explicação, algo que não se concretizou. A empresa, localizada na rua Werner Duwe, bairro Testo Salto, tinha quase 20 anos de existência.

“Como vou pagar meu aluguel?”, lamentou uma das costureiras, Patrícia dos Santos.

Alguns advogados e representante do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Vestuário em Blumenau (Sindivest) estiveram no local e deram instruções para as presentes. Em pé, do lado de fora do portão (o acesso ao galpão não foi autorizado) ouviram o que é possível fazer.

Um dos defensores, Dalto Eduardo dos Santos, explicou que, já que não houve manifestação e acordo por parte da empresa, diversas clientes dele ingressarão com a ação judicial. A ideia é garantir os direitos básicos o quanto antes, como seguro-desemprego e o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), que não era depositado há mais de quatro anos.

Outras questões, como salário atrasado e a responsabilidade de empresas que contratavam os serviços da confecção, devem chegar a instâncias superiores da Justiça. Na mensagem enviada às funcionárias, Claudete teria dito que uma “rasteira” de uma das principais tomadoras de serviço da Bumer teria causado a falência da facção.

“Vamos analisar essa questão e também a de que outra pessoa da família teria uma segunda empresa. Ou seja, pode ser que uma era responsável pelas funcionárias e ficou no prejuízo, e o lucro da empresa era direcionado ao segundo CNPJ”, disse Santos.

Porém, ainda não houve uma análise detalhada sobre o assunto, o que deve ocorrer nos próximos dias com as ações trabalhistas que serão iniciadas.

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