Empresário de Brusque já se dedicou à evangelização em cinco países
Ser instrumento de Deus transformou a vida de Cristiano Zimermann, de 44 anos
Ser instrumento de Deus transformou a vida de Cristiano Zimermann, de 44 anos
Ser instrumento de Deus transformou a vida de Cristiano Zimermann, de 44 anos, e tem mudado a trajetória das pessoas que passam pela vida dele. Brusquense, morador do bairro Jardim Maluche e sócio-proprietário de uma agência de marketing, ele já foi dono de uma casa noturna por 19 anos. Porém, segundo ele, as “festas e a bebida” já não eram suficientes para preencher o vazio que invadia o seu espírito.
“Com 34 anos pensei o que iria construir só com festa e comecei a buscar um outro foco para a minha vida”, conta.
A partir desse momento, o caminho de Zimermann ganhou um outro tom, mais cristão. Ele começou a dedicar-se ao próximo levando a palavra de Deus. Primeiramente, visitava hospitais, pessoas carentes e amigos que estavam em centros de recuperação.
Depois, quando percebeu que o amor poderia tomar proporções maiores e que poderia ajudar mais pessoas, o brusquense iniciou uma trajetória de evangelização pelo mundo. Índia, Estados Unidos, Israel, Paraguai e Cuba foram os países pelos quais percorreu em missão internacional. Mas por que ir tão longe para fazer o bem? Zimermann diz:
“Jesus disse que temos que ir aos quatro cantos do mundo pregar a palavra. Quando vem um estrangeiro as pessoas vão buscar saber quem é aquela pessoa e essa mensagem se disseminará rapidamente”.
Em Brusque, ele é presbítero na igreja evangélica Calvário, no bairro Dom Joaquim, mas a evangelização que fez fora do país foi por meio do Jovens com uma Missão (Jocum) – missão internacional e interdenominacional empenhada na mobilização de jovens de todas as nações para a obra missionária.
Mudança de vida
O primeiro chamado ao voluntariado foi em 2009, na Índia, mais especificadamente em Dharmapuri – um lugarejo muito habitado, no entanto, pobre. Após 48 horas em quatro aviões, duas horas de trem, trechos em táxi e em van, Zimermann e alguns amigos de viagem foram em leprosários, em orfanatos e em casas de viúvas pregar a palavra de Deus por 15 dias.
“Eles são muito curiosos, buscam uma verdade. Estávamos pregando numa casa para cinco pessoas e quando víamos já tinha 30”. Em 2010, Zimermann foi para os Estados Unidos num curso evangelístico e ficou hospedado na casa de uma família. Lá, ele trocou experiências de vida e percebeu que independente da cultura e dos bens materiais das pessoas, há problemas em todos os lares.
“Era uma família de mais posses e que mesmo assim o pai não conseguia se relacionar bem com os filhos”, lembra. Já em 2011, o brusquense foi, juntamente com os amigos de missão, liderar em Israel um grupo de dez coreanos que haviam realizado um treinamento do Jocum. A evangelização foi próxima à Faixa de Gaza e se dividiu entre escolas e igrejas.
Depois, a palavra de Deus foi levada em 2012 para Assunção, capital do Paraguai, e para a região de Chaco. No ano seguinte, ele retornou para Dharmapuri, na Índia. Em um orfanato localizado na região, além de pregarem, os missionários deixaram um moedor de alimentos, roupas e um filtro de água.
Cuba também foi visitada por Zimermann em 2014. Para ele, foi uma das experiências mais fantásticas, pois ficou impactado com o sistema controlador do governo. O missionário recorda que eles não podiam evangelizar nas ruas, apenas nas igrejas.
Para o brusquense, ser voluntário é dar amor incondicional e o ser humano por si só é egoísta e se preocupa muito com os seus problemas e com sua própria causa. Ele afirma que o voluntariado é algo que mexe com a estrutura da pessoa.
“Quando eu estava na Índia, dentro de um leprosário, meu coração parecia anestesiado. A gente faz isso com o maior amor, com força, com ousadia e quando volta para a realidade sentimos uma grande satisfação por ter feito a diferença. Isso muda a vida da gente”, afirma.