Viagem de volta
Quando o documento do caminhão saiu, a viagem para Guabiruba teve início, na última sexta-feira, 2 de julho. Os empresários pegaram a balsa às 13h, para sair de Manaus com destino à BR-319, e durante a travessia passaram pelo encontro das águas do Rio Negro e Solimões. O empresário destaca que a cor das águas é bem nítida, sendo uma mais escura e outra mais clara.
Já na BR-319, após o trecho de 150 quilômetros asfaltado, depois de passar o último posto de combustível, há uma placa indicando o fim do trecho pavimentado.
“Levamos combustível reserva, e tivemos que andar a 30 km por hora por conta dos buracos. Pegamos vários trechos alagados, como o caminhão é bem alto, passamos com ele por dentro da água”, relata Jhoubert sobre o trecho de 350 km da rodovia fantasma.
O trecho, que normalmente é feito em pelo menos três dias, foi feito em um dia e meio por conta dos dias mais secos. “Quando chove, a BR fica cheia de atoleiros, onde muitos carros sem o devido preparo ficam atolados”, explica.
Ainda na sexta-feira, por volta das 21h o grupo chegou no sítio do ex-dono do caminhão para dormir. Segundo Jhoubert, a recomendação é não sair do veículo ou trafegar após as 22h, pois as onças saem para caçar.
No dia seguinte, o grupo seguiu viagem e como o tempo estava ameno, o grupo não parou novamente para dormir, chegando na cidade de Humaitá por volta das 2h de domingo, 4 de julho.
Eles se hospedaram em um hotel, e por volta das 9h já estavam na estrada novamente, dessa vez em direção a Porto Velho, capital de Rondônia.
“Nós registramos vídeos durante o trajeto mas não paramos com frequência, rodamos quase mil quilômetros por dia. Cortamos todo o estado de Rondônia, todo pavimentado, muito plano, lindo e com estradas desertas”, comenta o empresário.
Contratempo em Rondônia
Durante a noite, nas rodovias de Rondônia, o caminhão ficou sem diesel – o marcador de combustível estava descalibrado, e não marcou o nível de combustível corretamente. Sem um galão reserva e sinal de celular, os amigos ficaram “no meio do nada”, esperando que algum veículo parasse para ajudar.
Jhoubert explica que não sabia qual era a autonomia do caminhão, que marcava ter meio tanque de combustível, mas já estava na reserva. Antes do veículo parar, eles viram uma placa que indicava a próxima cidade em nove quilômetros.
Com isso, O grupo baixou o pescador de combustível, para que o caminhao sugasse o restinho de Diesel do tanque e conseguiram andar mais 19 quilômetros, sem chegar na cidade indicada e sem encontrar um posto de combustível.
Athnei deixou uma lanterna sinalizadora na via e em seguida um rapaz que trabalha com frete parou no local e levou Jhoubert até o posto mais próximo onde pegou diesel e continuou o percurso. Por volta das 2h, na segunda feira, o grupo dormiu na cidade de Vilhena (RN).