Empresários do setor têxtil participam de palestra sobre desafios e tendências do mercado
Núcleo de Beneficiamento Têxtil da Acibr discutiu os reflexos econômicos do mundo pós pandemia
Núcleo de Beneficiamento Têxtil da Acibr discutiu os reflexos econômicos do mundo pós pandemia
Otimismo e esperança permearam as reflexões propostas pela palestra “Desafios e tendências do setor têxtil – o mundo pós pandemia”, ministrada pela gestora da Fundação Hermann Hering e conselheira da Fiesc, Amélia Malheiro, com apoio da gestora, coach e fundadora do Instituto ModHU, Shirlei Rescarolli. O evento foi realizado na noite de quarta-feira, 3, de forma online, pelo Núcleo de Beneficiamento Têxtil da Associação Empresarial de Brusque (Acibr).
Em quase duas horas de encontro, foram discutidos assuntos como o comportamento do consumidor, as estratégias de fortalecimento da indústria, as vantagens de ações compartilhadas e o futuro do setor da moda e da produção nas empresas.
“Hoje, Santa Catarina já começa a liderar a retomada econômica do Brasil e tem assumido este protagonismo com sensibilidade”, afirmou Amélia Malheiro.
Assim como todos os empresários do setor, Davi Battisti Archer reduziu a equipe de produção em 50%, mas comemora os resultados alcançados. “Dentro de um contexto de pandemia, qualquer pequeno ganho conta”, enfatiza.
Para a gestora Shirlei Rescarolli, repensar o planejamento estratégico e reposicionar o próprio negócio diante do cenário atual, pode trazer vantagens até mesmo para o futuro pós pandemia. “Havia empresas que tinham a qualidade como maior virtude. Mas isso também implicava no atraso da entrega e no custo elevado. O diferencial pesava para o cliente que, nem sempre, conseguia identificar alguma vantagem. Hoje, através do replanejamento, é possível manter a qualidade, mas também propor processos menos engessados, que levam em consideração o prazo de entrega e o custo”, analisa Shirlei.
Segundo ela, algumas empresas tinham traçado como meta a liderança do setor na América Latina. Agora, o compromisso é ser melhor dentro da cidade e da região. “A única coisa que não muda são os valores e a convicção do que se quer entregar”, adverte.
O empresário André Ricardo Valentim destacou que a postura adotada pelo setor em Brusque e na região também tem sido reconhecida pelo cliente, que espera o produto abastecido em sua loja e disponível ao cliente final.
“A pandemia chegou e não vai embora tão cedo. Então é preciso vibrar com o resultado. Estar com a fábrica aberta, em meio a uma crise sem precedentes, e ainda fechar o mês positivo é algo incrível”, comemora.
Já o empresário Luciano Kuhn ressalta que, neste momento, o contato com o cliente tem sido diário e, pela ampliação de prazos na efetivação dos negócios, esta parceria está ainda mais consolidada. “Estamos gradativamente evoluindo. Antes, o foco era no futuro. Agora aprendemos a colocar o pé no chão e olhar para o presente. Tem sido um bom aprendizado”, pontua.