Empresas aderem cada vez mais ao pagamento de salário via Pix em Brusque
Apesar da procura, modo de pagamento atrai mais as pequenas empresas
Apesar da procura, modo de pagamento atrai mais as pequenas empresas
Cada vez mais utilizado pelos brasileiros na hora de pagar contas e transferir dinheiro, o Pix também passou a ser bastante usado por empresas no pagamento de salários. Em Brusque, este modo vem atraindo cada vez mais os empresários.
Esta forma de pagamento já é usada na maioria das empresas em que Beno Alcides Buttchevits, proprietário da AC Contabilidade, presta serviços. “Anteriormente, era muito usada a conta salário. Com o Pix, as empresas estão deixando de solicitar essa conta e transferindo para a conta que o funcionário já tenha. É só cadastrar o Pix que pode ser feita a transferência”, explica.
Segundo ele, muitos clientes interessados questionam a contabilidade se é possível usar o Pix para a folha de pagamento. Também, muitos deles já usam o pagamento instantâneo para pagamentos de fornecedores.
“Vimos uma crescente da procura, há muito interesse, por trazer agilidade para a parte administrativa da empresa. O Pix é mais rápido e seguro, pois evita a empresa estar com o dinheiro na mão para efetuar o pagamento”, pontua.
Além disso, o Pix também tem boa aceitação entre os funcionários, afirma Beno. “A maioria tem acesso a celular e plataforma bancária, sem ter dificuldade de manusear o dinheiro de forma eletrônica. Então, a resistência é bem baixa”, continua.
Yasmim Lyara, que trabalha no setor de Departamento Pessoal da Perfil Contabilidade e Assessoria Empresarial, ressalta que a maioria dos clientes já usa o Pix para essa funcionalidade. “Hoje em dia, o funcionário nem passa a conta, mas passa o CPF que é mais fácil”, relata.
Porém, conforme Yasmim, o uso do Pix para pagamento de salários atrai mais as pequenas empresas, que contam com poucos funcionários. Ela explica que isso ocorre por conta de uma taxa cobrada após um número específico de transações.
“Quem tem conta salário não optou pelo Pix, pela taxa que o banco cobra. Ou seja, vejo que mais as pequenas empresas fazem o Pix. Já empresas de porte médio ou grande não estão optando por isso”, pondera.
Apesar disso, ela acredita que cada vez mais o Pix fará parte do dia a dia das empresas. “Isso dependerá do que o banco oferecerá de vantagens ao cliente-empresa, pois ela vai no que é mais em conta. Os processos são seguros, então é mais uma questão de custos”, finaliza.
Lançado pelo BC em novembro de 2020, o país tem atualmente 650,7 milhões de chaves Pix. São 153 milhões de usuários cadastrados, sendo 92% pessoas físicas. De cada 100 transações, 60 são feitas por pessoas de 20 a 39 anos.
Em 6 de setembro, o Pix alcançou recorde de transações. Foram 152,7 milhões de transferências instantâneas, segundo o Banco Central (BC). A marca superou o recorde anterior de 142,4 milhões de transações em 4 de agosto.
“Os números reforçam a forte adesão de pessoas e empresas ao Pix”, avalia o Banco Central. Na última quarta-feira, 6, as transações somaram R$ 76,1 bilhões. Isso significa que cada transferência em tempo real teve valor médio de R$ 498,42.
Mais da metade (55,86%) das transferências feitas na quarta-feira foram entre pessoas físicas. O BC ressalta “as transações de pessoas físicas (PF) para pessoas jurídicas (PJ) como o principal vetor do crescimento recente”. Em setembro de 2022, a transação PF-PJ era 22,5% do total. Em agosto, alcançou 33,3%.
“A maturação do Pix, a conveniência no seu uso e o desenvolvimento de soluções de integração pelo mercado estão permitindo maior diversificação nos casos de uso, aumentando sua importância no bom funcionamento da economia nacional”, complementa o Banco Central.
Baiana teve sua carteira assinada pela primeira vez em Brusque aos 34 anos: