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Empresas fazem propostas para compra de imóveis da Schlösser

Ofertas de R$ 22 milhões à vista e R$ 28 milhões parcelados serão analisadas em assembleia

Em assembleia realizada em 4 de abril, o advogado da Companhia Industrial Schlösser, Guilherme Caprara, informou ter recebido duas propostas de aquisição de imóveis da companhia. Essa assembleia trata da venda da sede da fábrica, no bairro Centro II.

Uma das propostas é da imobiliária Moresco, no valor de R$ 22 milhões pagos à vista, ou R$ 24 milhões pagos em quatro parcelas iguais (R$ 6 milhões). A empresa coordena a formação de um fundo de investimentos para comprar a área.

A outra proposta foi apresentada pela Oregon Administradora de Shopping Centers, de Brusque, no valor de R$ 28 milhões, pagos em parcelas diversas, em 66 meses.

Credores da Schlösser decidirão, em assembleia marcada para o dia 23 de maio, se aceitam ou recusam as propostas de compra feitas para os imóveis da fábrica, que está em recuperação judicial desde 2011, por problemas financeiros.

O advogado da Schlösser pediu prazo até 23 de maio para realização de nova assembleia, em vista da necessidade dos credores deliberarem a respeito das propostas, o que foi acatado por unanimidade.

Os credores decidiram também abrir prazo até 15 de maio para que, eventualmente, outras propostas sejam apresentadas e se somem às já existentes.

Concretização do negócio não
serve para pagar trabalhadores

A efetivação da venda da sede da companhia não servirá para pagar os trabalhadores ligados aos sindicatos laborais.

Isso porque, segundo informa Aníbal Boettger, presidente do Sintrafite, essa negociação é relacionada a pagamento de outros créditos, como a Celesc e instituições bancárias.

Há alguns anos, foi decidido que os imóveis que seriam vendidos para pagamento dos trabalhadores são o terreno onde ficava a antiga associação dos funcionários da fábrica, e o que fica em frente à portaria da empresa.

Há bastante tempo que o Sintrafite e o Sindmestre, sindicatos que representam os trabalhadores da empresa, tentam vender esses imóveis, sem sucesso.

As propostas apresentadas até agora são vistas pelos sindicatos como uma saída para encerrar a odisseia que iniciou em 19 de novembro de 2014, quando foi marcado o primeiro leilão de imóveis da companhia, posteriormente adiado para o início de fevereiro de 2015. No entanto, não houve proposta de compra.

Posteriormente, algumas propostas foram formalizadas, mas sempre rejeitadas em assembleias, por não terem sido consideradas adequadas pelos credores, em vista dos baixos valores oferecidos.

Segundo Boettger, a situação continua a mesma: só há especulações, mas nenhuma proposta formal apresentada pelos imóveis, e os trabalhadores terão que esperar mais.