Encontro de Bicicletas Antigas de Brusque resgata história e incentiva o pedal

Evento aconteceu neste domingo, 9, no Sesc, com cerca de 30 bikes em exposição

Encontro de Bicicletas Antigas de Brusque resgata história e incentiva o pedal

Evento aconteceu neste domingo, 9, no Sesc, com cerca de 30 bikes em exposição

A Wanderer e a Göricke foram algumas das bicicletas expostas neste domingo, 9, durante o 1º Encontro de Bicicletas Antigas Cidade de Brusque. O evento, que aconteceu no Sesc, teve o objetivo de resgatar a história das “magrelas” e também incentivar o uso do pedal. Cerca de 30 bikes estiveram à mostra para a comunidade que passou pelo local.

Wanderer e a Göricke são de fabricação alemã e foram trazidas pelo membro da Associação Brusquense de Bicicletas Antigas, Ricardo Engel. Ele é um apaixonado pela preservação da história e desde pequeno sempre gostou de pedalar. Ele conta que a Wanderer é de 1938 e foi feita principalmente para pessoas de estatura alta. Essa bike possui dois tipos de freio – o de pé e o de mão.

Já a Göricke é dos anos 1950 e tem freio de mão com pressão sobre a roda dianteira e freio contra pedal na roda traseira. Ela é movida à dínamo – um aparelho que gera corrente contínua, convertendo energia mecânica em elétrica, por meio de indução eletromagnética -. O banco é original de couro com cilindro de duas molas para oferer maior conforto. Ambas as bicicletas possuem sinetas como forma de alerta e para evitar acidentes.

Engel diz que as “magrelas” tiveram um papel extraordinário na história de Brusque na década de 1950, já que era o principal meio de locomoção naquela época.

“Era para todas as classes sociais e para todas as profissões, desde o proprietário das fábricas até os operários”. Segundo ele, neste período haviam obrigatoriedades hoje extintas, como por exemplo, do emplacamento das bicicletas e dos faróis acesos.

Moacir Formante, também membro da associação, recorda com carinho que nessa década, sua mãe, Antônia Formonte, já falecida, se deslocava do bairro Santa Rita até o Primeiro de Maio, onde era a Fábrica de Tecidos Carlos Renaux, de bicicleta. Eram três quilômetros para ir e três para voltar.

Devido à importância deste meio de transporte para os brusquenses, há registros de que na década de 70 haviam na cidade pelo menos cerca de 15 mil bicicletas. Para o presidente da associação, Vilmar Araldi, com outros meios de transporte, principalmente o carro e a motocicleta, a bicicleta deixou de ocupar tanto espaço como foi em outras décadas, porém, há cerca de cinco anos, os brusquenses voltaram a utilizar mais a “magrela”.

“Observo que as pessoas estão andando cada vez mais de bicicleta e que sua importância na mobilidade urbana é enorme”.

Dia do pedal
No dia 1º de maio, quando acontece o Dia do Pedal, promovido pelo Sesc, haverá outro encontro de bicicletas antigas de Brusque.

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