Encontro de ex-atletas do Bruscão é repleto de emoção e saudosismo

Jogadores defenderam a equipe em 1997, quando foram campeões da Série B do Catarinão, e em 1998, terminando na terceira colocação da elite

Encontro de ex-atletas do Bruscão é repleto de emoção e saudosismo

Jogadores defenderam a equipe em 1997, quando foram campeões da Série B do Catarinão, e em 1998, terminando na terceira colocação da elite

Os tempos eram outros no mundo da bola em meados dos anos 1990. Para chegar ao estádio Augusto Bauer, os atletas precisavam ir de bicicleta. O pagamento era pouco mais de um salário mínimo por mês, e com o ‘bicho’ recebido pelas metas alcançadas mal se compraria um fardo de cervejas nos dias de hoje.
Mas nenhuma destas dificuldades impediu que o Brusque Futebol Clube formasse um dos grupos mais unidos de sua história, e a prova disso foi o reencontro realizado no último sábado, exatamente no palco de tantas vitórias. Atletas que defenderam as quatro cores do time em 1997 e 1998 se reuniram quase dez anos depois para mais uma partida, desta vez comemorativa e entre o próprio grupo. Agora não mais de bicicleta, e sim com seus automóveis próprios, cerca de 30 ex-jogadores, dirigentes e membros da comissão técnica do Marreco chegaram ao evento.

>> Veja a galeria de fotos do reencontro de atletas do Bruscão

Grupo vencedor

As gerações de 97 e 98 do Bruscão trouxeram muitas felicidades ao torcedor, apesar da situação do clube, no início, não ser nada favorável. Segundo o ex-presidente Ricardo Vianna Hoffmann, que foi gestor do time na época e também se fez presente no Augusto Bauer, o balanço não ia nada bem. “Nós recebemos o clube com cerca de R$ 1 milhão em dívidas. Conseguimos reduzir bastante disso e ainda assim fazer uma equipe competitiva”, lembra.

Mesmo diante dos problemas, a equipe foi campeã da Série B do Catarinense de 1997. No ano seguinte, formado basicamente pelos mesmos jogadores, o Bruscão conquistou um histórico terceiro lugar na elite do estadual, como lembra o diretor de futebol da época, Euzebio Pereira, o Caloca. “Em 1998 fomos para o quadrangular com Criciúma, Tubarão, Avaí e Brusque. Ficamos na terceira colocação, um grande feito para um plantel tão enxuto. A equipe tinha uma marcação muito forte, essa era a nossa característica”.

Gratidão

Ao fim da partida, os ex-jogadores – na verdade alguns deles, como o zagueiro Rodrigo e o goleiro Fabiano, ainda não se aposentaram – se reuniram em um círculo para falar sobre o passado. Não sem lágrimas nos olhos, relembraram o período em que precisaram ser guerreiros para tirar o Brusque de uma situação a qual o time nunca deveria passar, e no processo de luta pelo acesso formaram um poderoso laço de união. “Eu passei por muitos clubes na carreira, como Avaí e Criciúma, mas nunca senti o mesmo que aqui. Essa foi a camisa que me marcou, é essa que eu amo. Só tenho a agradecer pela linda história que ajudei a escrever no Brusque”, comentou o ex-meia Polaco, hoje técnico da base do Marreco.

O discurso foi reforçado por Viton, ex-atleta que iniciou sua carreira no Marreco. “Foi o meu primeiro clube profissional, foi onde tive minha primeira grande conquista e aonde formei grandes amigos. O sentimento era de família mesmo. Até hoje guardo homenagens do clube para os dias dos pais, páscoa… nunca vi coisa parecida nos clubes os quais passei depois”, afirma.

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