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Encontro discute atraso da barragem de Botuverá

Reunião ocorreu na tarde de quinta-feira, 29, na Câmara de Brusque

Foi realizada na tarde quinta-feira, 29, a reunião proposta pelo presidente da Câmara de Vereadores de Brusque, Jean Pirola (PP), para a discussão sobre a barragem de Botuverá. A obra, muito esperada principalmente, pela população de Brusque e Itajaí, já deveria ter iniciado, no entanto, ainda não teve seu licenciamento ambiental liberado e, por isso, não tem prazo para sair do papel.

O encontro, realizado no plenário da Câmara, reuniu vereadores de Brusque, Guabiruba, Itajaí, Vidal Ramos e Botuverá, que também esteve representada pelo prefeito José Luiz Colombi, o Nene.

O objetivo da reunião é buscar informações sobre a atual situação da barragem. “Essa é uma das obras mais importantes para evitar os estragos da enchente, principalmente para Brusque e Itajaí, e com esta reunião, queremos mobilizar o maior número de pessoas para cobrar o início efetivo da construção da barragem”, diz Pirola.

O presidente da Câmara de Brusque destaca que se a barragem já estivesse funcionando, o município não teria sido afetado pela cheia do Itajaí-Mirim, como aconteceu na semana passada. “Se estivesse funcionando, não teríamos sofrido nada. Sabemos que a barragem não é a solução, mas reduz a quantidade de água que vem para Brusque e pode salvar vidas”.

Pirola também criticou a demora no licenciamento ambiental da obra. “A audiência pública sobre a barragem aconteceu no mês de abril. Naquela ocasião, falaram que em 90 dias começaria a obra. Já estamos praticamente em novembro, e nem as licenças ambientais foram concedidas. É hora de unirmos forças e reivindicar o início imediato da obra”.

Presidente do Comitê Permanente da Defesa Civil de Itajaí e vereador do município, Giovani Félix também esteve presente no encontro. De acordo com ele, a barragem é primordial para minimizar os danos das cheias no município portuário. “Itajaí está junto nesta ação. Vamos cobrar do governo uma posição o quanto antes, não podemos ficar esperando para sempre”.

O prefeito de Botuverá, José Luiz Colombi, o Nene, destacou o custo-benefício da barragem, mas também criticou a demora no processo burocrático. “Antes de fazer qualquer coisa, precisamos saber para quem mandar a documentação. Isso é um absurdo, porque um joga para o outro e sempre acabamos sem resposta. Já não sabemos se a responsabilidade do licenciamento é da Fatma, do Ibama ou do ICMbio”.

Nene também destacou que é preciso se mobilizar o mais rápido possível. “É uma questão de competência e responsabilidade. Se não fizermos alguma coisa, vai se estender por mais tempo e nós não podemos esperar mais”.

Encaminhamentos

Da reunião, ficou decidido que no dia 11 de novembro, acontecerá um novo encontro, desta vez na Câmara de Itajaí. Neste dia, serão convidados para participar membros do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Fatma), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), além do governador Raimundo Colombo, do secretário de Estado da Defesa Civil, Milton Hobus, e dos prefeitos dos cinco municípios que fazem parte da bacia do rio Itajaí-Mirim.

“Neste dia, essas entidades terão que explicar quem é o responsável pelo início da obra da barragem. Além disso, vamos fazer uma carta requerendo a liberação da barragem, colher assinaturas e formar uma comissão para entregar direto para o governador em Florianópolis”, diz Pirola.

Também será formada uma comissão mista entre os vereadores dos cinco municípios para uma visita técnica às barragens de Taió e Ituporanga para poder entender o seu funcionamento.