Encontros presenciais do grupo de apoio ao parto seguem suspensos em Brusque
Gesta Brusque atua desde 2010 e já auxiliou mais de cem partos humanizados
Com a pandemia da Covid-19, os encontros do Gesta Brusque, grupo de apoio ao parto e amamentação seguem suspensos em Brusque. É o que conta Rachel da Costa, doula e coordenadora da entidade especializada em parto humanizado, que também atua nas cidades de Itajaí e Blumenau.
“Nós tínhamos reuniões presenciais com grávidas e puérperas, então desde março do ano passado está tudo suspenso. Assim que tivermos uma melhora nós iremos voltar com as reuniões”, explica.
Segundo ela, o grupo teve apenas um encontro em 2020, e desde então segue parado. Houve apenas atendimentos individualizados para amamentação, que podiam ser feitos no consultório de Rachel. Porém, em sua maioria, foram realizados na casa das mulheres, de acordo com a necessidade delas.
Nos dados gerais, de 2010 a 2014 foram contabilizados em torno de 100 partos humanizados. De fevereiro de 2020 houve o registro de 32 partos em Brusque acompanhados pela entidade, criada em 2010.
Orientações sobre parto e perinatal
Rachel ressalta que a procura da entidade diminuiu bastante durante a pandemia, principalmente por conta da suspensão dos encontros presenciais.
Ela informa ainda que os atendimentos relativos às dúvidas sobre o parto e perinatal, o período que começa por volta da vigésima semana de vida intrauterina e se estende até o 28º dia pós-neonatal, foi realizado por meio do Instagram pessoal (@rachelbdacosta) e WhatsApp.
“Tiramos dúvidas a respeito de hospitais que aceitavam a doula, alguns hospitais retiraram acompanhante, então a gente fez a ponte de informação entre hospitais e gestantes”, conta.
A doula é a profissional que dá suporte emocional e físico para as grávidas antes, durante e após o parto. Ela destaca que as gestantes possuem preferência por hospitais que respeitam as leis do parto, entre eles hospitais que sejam pactuados com a Rede Cegonha, do governo federal.
Além disso, elas entravam em contato a fim de saber quais são as taxas de cesariana dos hospitais e como fazer a preparação para o parto. “Isso não parou, e continuo passando para qualquer mulher que precise”, ressalta a doula.
Desafios com a pandemia
A coordenadora do Gesta Brusque considera o período da pandemia bem desafiador, principalmente com a perda de direitos das grávidas. Entre eles, a presença do acompanhante e da doula de livre escolha durante o parto.
“Ficamos muito tempo sem ter as leis sendo cumpridas, mas no Hospital Azambuja já foi restabelecido. Outros hospitais da região ainda não aceitam a presença da doula”, conta.
Nestes casos, ela informa que a Associação de Doulas de Santa Catarina está solicitando que seja restabelecido o cumprimento da lei estadual das doulas.
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