Especialista em pontes será contratado para identificar as causas da queda da estrutura em Brusque
Próximos passos para reconstrução da ponte foram informados durante coletiva de imprensa na prefeitura
Próximos passos para reconstrução da ponte foram informados durante coletiva de imprensa na prefeitura
Nesta quinta-feira, 22, a Prefeitura de Brusque realizou uma entrevista coletiva sobre a queda da cabeceira da ponte João Libério Benvenutti, a ponte do Santos Dumont, na noite de quarta-feira.
A coletiva contou com a presença do prefeito Ari Vequi, do vice prefeito pastor Gilmar Doerner, da secretária de Infraestrutura Estratégica, Andréa Volkmann, e do engenheiro responsável pelo consórcio Pacopedra/Freedom/Setor Sul que executa as obras da margem esquerda da Beira Rio, Cristian Fuchs.
Andréa Volkmann explica que um processo administrativo será aberto tanto da parte da prefeitura, quanto do consórcio das obras da Beira Rio, para averiguar o que de fato ocorreu e porque aconteceu o desabamento. Além disso, será realizado um laudo técnico que vai determinar o que realmente aconteceu. “Este laudo vai averiguar e constatar o problema que realmente ocorreu.
O engenheiro civil Cristian Fuchs afirma que nenhuma das empresas integrantes do consórcio tem histórico de problemas semelhantes a este. Fuchs explica que a equipe do consórcio esteve no local e já tomou providências para resolver o problema.
Entre as medidas acordadas com a prefeitura está a contratação de um engenheiro especialista em pontes que será o responsável por fazer o laudo técnico. “Após esse laudo ou simultaneamente, vamos estudar qual o método construtivo será o melhor para reconstruir a estrutura para que não cause mais problemas do que já temos”.
O engenheiro explica que a forma mais segura para desmontar a estrutura está sendo estudada. O objetivo, de acordo com ele, é utilizar as mesmas vigas pré-moldadas na reconstrução da ponte. “A partir do desmonte, podemos chegar na fundação e constatar o que aconteceu”.
Na coletiva, Fuchs também esclareceu o motivo das escavações que foram feitas próximas à cabeceira da ponte nesta semana. Segundo ele, as escavações naquele local foram necessárias para poder executar o muro de proteção que será construído ali como forma de prevenção à enchente.
“As escavações foram feitas com a necessidade e o cuidado de não acarretar problemas na estrutura”, diz.
O engenheiro destaca que as informações eram de que a ponte teria estacas de sustentação. Durante a escavação, que avançou em torno de 30 centímetros abaixo do bloco da ponte, a equipe chegou a uma estaca e paralisou a escavação.
“Para saber se teria outra estaca, teríamos que escavar mais, o que seria fora da nossa necessidade. Tínhamos a informação de que a ponte teria essas estacas. Para averiguar a causa, teremos que fazer a retirada da viga, da laje, dos blocos de fundação e só então poderemos constatar se tinha mais estacas lá embaixo ou não”, explica.
Fuchs afirma que a intenção do consórcio é resolver o mais rápido possível o problema, já que a obra da margem esquerda da Beira Rio está praticamente 80% concluída.
A secretária de Infraestrutura Estratégica, Andrea Volkmann, afirma que a ponte deve ficar, pelo menos, 60 dias interditada, a partir de segunda-feira, que é quando deve iniciar a desmontagem da estrutura e a confecção do laudo técnico sobre as causas do colapso na ponte. “Vamos fazer a avaliação da estrutura e com a técnica escolhida, aí o processo é mais rápido. Acredito que 60 dias será o mínimo”.
Sobre os custos da reconstrução da ponte, Andrea afirma que ainda não há como estipular, já que é preciso verificar qual o tipo de material será usado e outros detalhes. Somente após a confecção do laudo é que será possível definir também de quem será a responsabilidade por arcar com os custos: a prefeitura ou o consórcio.