Engenheiro explica demolição das ruínas do Casarão Schaefer em Brusque
Reforma na estrutura foi abandonada em 2016
Reforma na estrutura foi abandonada em 2016
O cenário na rua Conselheiro Rui Barbosa foi alterado na manhã desta segunda-feira, 14. Após seis anos de abandono, as ruínas do Casarão Schaefer foram demolidas. E o espaço onde ficava a estrutura, na área central e de forte comércio em Brusque, ainda não tem seu destino definido.
Conforme o engenheiro civil responsável pela demolição, José Henrique Boos, o dono do terreno ainda não decidiu o que será construído no espaço aberto. A dúvida é se o local será destinado para o comércio ou moradia.
Questionado sobre o motivo da construção ser totalmente demolida, José, que é especialista em manifestações patológicas, diagnósticos e tratamentos de estruturas, disse que a construção já estava totalmente comprometida. “O antigo casarão já havia passado por um início de reforma no ano de 2016, porém a obra não foi finalizada. Como a estrutura já estava completamente comprometida o local não estava mais sendo utilizado como comércio”, conta.
José também reforçou os perigos que a estrutura trazia, tanto para pedestres, quanto para os lojistas vizinhos, principalmente em época de fortes ventos que atingem a região. “Como a maior parte da estrutura era construída em tijolos maciços, não havia travamento das paredes visto que já se tinha iniciado uma reforma e foi paralisada”, com isso, detritos da ruína poderiam atingir pessoas que passavam no local.
Além da possibilidade de desabamento, o espaço abandonado, segundo o engenheiro, poderia servir como abrigo de roedores e insetos, o que poderia trazer doenças a população.
O Casarão Schaefer foi construído em meados de 1915 e trazia características da arquitetura da época. Questionado sobre a importância histórica da construção, José falou que a falta de conservação descaracterizou o espaço. “Na situação em que ele se encontrava, não tinha mais como dizer que era um patrimônio histórico. Apenas poluía o aspecto visual do centro da cidade”, afirmou.
A nova estrutura que, ainda será decidida, o espaço vai receber não tem necessidade de reconstruir a fachada original. Segundo o engenheiro, no alvará de demolição não havia nenhum especificação para que as características originais fossem preservadas ou reconstruídas.
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