Ensaios para o teatro de Guabiruba estão a todo vapor

Antes da apresentação, espetáculo Paixão e Morte de um Homem Livre mobiliza atores em seis ensaios

Ensaios para o teatro de Guabiruba estão a todo vapor

Antes da apresentação, espetáculo Paixão e Morte de um Homem Livre mobiliza atores em seis ensaios

Comandar 300 atores em um único palco exige concentração, desenvoltura e determinação. Os três itens fazem parte da série de responsabilidades do diretor artístico Emerson Schmidt. É dele a tarefa de preparar as cenas da 20ª edição do espetáculo Paixão e Morte de um Homem Livre. Realizado em Guabiruba, o teatro é apresentado pela Associação Artístico Cultural São Pedro (AACSP), com coordenação de projeto da Prisma Cultural.

Na tarde deste domingo, 1º de março, sob o comando de Schmidt, ocorreu o segundo dos seis ensaios. Às 15h, os cerca de 400 voluntários – entre atores, equipe técnica e equipe de apoio – reuniram-se no pátio da capela São Cristóvão, no bairro Aymoré.

Para escrever o roteiro do espetáculo, que terá Maria Madalena como narradora da história de Jesus Cristo, o diretor teve o auxílio de livros e de filmes. Ao todo, foram quatros meses de produção dos diálogos e do texto.
“O maior desafio é transmitir minhas ideias para todos os atores. Eu tenho tudo na minha cabeça de como eles vão se portar em palco, para onde vão ir e como vão se expressar. Mas passar para eles é diferente. Os atores que têm falas, que são cerca de 60, recebem o papel com os diálogos, mas os figurantes não, e eles também têm papel fundamental no espetáculo. Então tudo tem de estar sincronizado”, diz.

É a terceira edição de Schmidt como diretor artístico. Antes, era do elenco de atores. De acordo com ele, a diferença entre as funções é grande. Enquanto o diretor entra em contato com os voluntários de todas as áreas, o ator geralmente relaciona-se apenas com o respectivo grupo de atuação.

“Acho que todo mundo deveria ser diretor um dia. A partir do momento que você é responsável por tudo, o seu entendimento sobre teatro se amplia muito mais. O trabalho inicia logo após a finalização de uma edição. E muita gente não sabe disso, mas é uma tarefa a longo prazo”, explica.

Os primeiros ensaios têm cerca de três horas de duração. Com os avanços e ajustes, nos ensaios posteriores o tempo é reduzido para a mesma duração das apresentações: uma hora e 30 minutos. Os atores apenas utilizam o figurino nos últimos dois ensaios – no Domingo de Ramos e no dia anterior ao das apresentações.

Produtor executivo do espetáculo desde a primeira edição, Gilmar Celva, destaca a colaboração dos atores durante os ensaios. “Os ensaios iniciais servem para montar a cena e para mostrar aos atores as suas posições e deslocamentos. No início é difícil porque eles precisam estar atentos e decorar para a apresentação. Depois dos primeiros ensaios, já é mais tranquilo. Tudo vai se encaminhando e eles já ficam mais preparados”, analisa.

Anos de atuação
Com seis edições do espetáculo no currículo, o administrador Fabio Luis Kormann dá vida ao protagonista da história: ele é um dos três atores que representará Jesus Cristo. Para captar a sensibilidade e as intenções do personagem, o voluntário lê trechos da bíblia e de livros relacionados à história de Cristo e também assiste filmes.

“É preciso estudar bastante para tentar chegar bem próximo ao que Jesus era. Também preciso deixar a barba crescer para o dia do espetáculo. É bastante gratificante fazer parte e poder passar para a população a história dele”.
Também com vasto currículo como voluntária – são cinco edições -, a dona de casa Patrícia Seubert Schlindwein atuará pela primeira vez ao lados dos filhos, Henrique, de 5 anos, e Alice, de 3 anos. O ensaios e o espetáculo, para ela, são formas de entrar no clima da Páscoa.

“É muito legal participar. É um clima muito gostoso. Os meus filhos estão adorando participar. E o meu marido é um dos discípulos. Então toda a família está unida aqui. No início, as crianças ficam agitadas, mas aos poucos elas vão entendendo que precisam colaborar”, diz.

O espetáculo

Realizado a cada dois anos em Guabiruba, o espetáculo Paixão e Morte de um Homem Livre ocorrerá pela primeira vez em dois dias: 2 de abril, quinta-feira, às 20h20, e 3 de abril, sexta-feira, às 19h30. Neste ano, a história de Jesus Cristo será narrada sob a perspectiva de Maria Madalena.

Os ingressos do teatro, que será realizado no pátio da capela São Cristóvão, no bairro Aymoré, podem ser adquiridos em 13 pontos de venda de Guabiruba e de Brusque (confira no outro box) ou através do e-mail [email protected] e custam R$ 10,00.
Pontos de venda

Mercado Baron – São Pedro – Guabiruba
Supermercado Carol – Centro – Guabiruba
Fundação Cultural – Centro – Guabiruba
Loja Cristão Evangelizar – Centro – Guabiruba
Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro – Centro – Guabiruba
Supermercado Kohler – Aimoré – Guabiruba
Supermercado Rothermel – Guabiruba Sul – Guabiruba
Mercado Bom Dia – Lageado Baixo – Guabiruba
Supermercado Carol – São Pedro – Brusque
Paróquia São Luis Gonzaga – Centro – Brusque
Loja WJ – Centro – Brusque
Supermercado Carol – Guarani – Brusque
Supermercado Carol – Dom Joaquim – Brusque

Ator global

Antes de iniciar o ensaio de ontem, os participantes assistiram a um vídeo do ator global Julio Rocha. Ele participará das duas apresentações. No vídeo, de aproximadamente um minuto, além de mandar saudações aos guabirubenses, Rocha afirmou estar honrado de participar do teatro.