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Entenda como funciona a sincronia dos semáforos de Brusque

Sinaleira que comanda todos os outros está instalada na avenida Cônsul Carlos Renaux

Entenda como funciona a sincronia dos semáforos de Brusque

Sinaleira que comanda todos os outros está instalada na avenida Cônsul Carlos Renaux

Uma das situações que mais irrita os motoristas é passar em um sinal aberto e, no próximo quarteirão, encontrar o outro semáforo fechado. A sincronia das sinaleiras é uma alternativa usada em muitas cidades para dar maior fluidez ao trânsito, mas nem sempre o sistema funciona corretamente.

Em Brusque, as sinaleiras do Centro são controladas por um semáforo central, que é o que está instalado na avenida Cônsul Carlos Renaux, nas proximidades do GG Lanches. Esse aparelho é o que comanda todos os demais e faz a sincronia das principais ruas do município.
“Desse semáforo central parte um cabo telefônico que leva as mensagens elétricas de comunicação entre um semáforo e outro. Nesse semáforo contém uma mini central eletrônica que comanda todos os demais que estão ligados a ele”, explica o secretário de Trânsito e Mobilidade de Brusque (Setram), Bruno Knihs.

O cabo telefônico sai da central e faz a ligação com os semáforos das ruas Rodrigues Alves, Adriano Schaeffer, Germano Schaeffer, Gustavo Halfpap, Barão do Rio Branco, João Bauer, Otto Renaux, Felipe Schmidt e Getúlio Vargas.

De acordo com o secretário, é possível pegar todos os sinais abertos, saindo da Rodrigues Alves, até chegar na sinaleira da Otto Renaux, próxima a Uniasselvi/Assevim. “Chamamos isso de onda verde. Se abre o semáforo da Rodrigues Alves com a Adriano Schaeffer, por exemplo, dá tempo de o carro a 40 km/h, pegar todos os semáforos abrindo, até chegar no cruzamento da Otto Renaux com a Benjamin Constant, mas se tiver algum obstáculo pelo caminho, o motorista perde tempo e o semáforo continua seu ritmo, não para”.

No entanto, ele afirma que é comum haver um descompasso entre o semáforo central e a onda verde. “O relógio que está no semáforo central pode sofrer uma pequena alteração de até três segundos, em virtude de picos de maior ou menor energia. Com isso, ele pode alterar o horário da placa central, o que altera alguns segundos dos semáforos seguintes”.

A Setram conta hoje com dois técnicos que fazem o ajuste entre o semáforo central e os demais. “Além do ajuste do central, nós temos um aparelho onde os técnicos vão de semáforo em semáforo para regular a onda verde de acordo com a velocidade de 40 km/h. O técnico começa o trabalho as 5 horas da manhã e vai regulando cada sinal. Assim funciona o sincronismo”.

O tempo que cada semáforo fica aberto depende do fluxo de veículos em cada rua. “Quanto mais tráfego tiver, mais tempo ele ganha. No máximo, para o semáforo dar um giro completo, ele tem 120 segundos, que são divididos em quatro ou cinco tempos, ou seja, 24 segundos seria um tempo igual para todos, mas nem todas as ruas tem fluxo igual”.

Semáforo na rua do Convento fica fechado a maior parte do tempo e só abre quando o sensor é acionado por um carro / Foto: Bárbara Sales
Semáforo na rua do Convento fica fechado a maior parte do tempo e só abre quando o sensor é acionado por um carro / Foto: Bárbara Sales

Sensores de pista

O secretário destaca ainda que o município conta com dois sensores de pista que trabalham em conjunto com o semáforo. O primeiro, está instalado na sinaleira que fica na rua do Convento. “O sensor está instalado no piso. Quando um carro para em cima dele, ele aciona o semáforo para fechar o outro lado, que é o da Hercílio Luz”.

De acordo com ele, o sensor foi instalado ali porque o fluxo de veículos da rua do Convento é bem menor do que da Hercílio Luz. “Ali, o movimento aumenta na hora dos pais buscarem as crianças na escola. Nesse momento, o semáforo passa a funcionar de acordo com o fluxo. Então, dá um tempo igual para a rua do Convento e para a Hercílio Luz. Quando diminui o trânsito, o sinal da rua do Convento fica sempre fechado”.

O outro sensor está instalado na rua David Hort, no bairro Thomaz Coelho. “A rua David Hort tem um fluxo muito maior e a velocidade é grande. Já a travessia da Luís Morelli tem um fluxo menor, mas é um cruzamento que sempre tinha muito acidente, então nós colocamos o semáforo com os sensores nos quatro pontos. Quando chega carro na Luis Morelli, o sensor lê e fecha a David Hort, se não tem carro, ela fica aberta por mais tempo”.

Knihs afirma que, por enquanto, não há planejamento de instalar novos semáforos ou sensores na cidade. “O semáforo é uma barreira para o trânsito. Quando se tem um trânsito muito intenso num cruzamento, a preferência é montar uma rótula para tornar o trânsito mais democrático, mas quando isso não é possível, aí se instala o semáforo. No momento, não se tem nenhum estudo de implantação de novos semáforos, o que queremos agora é melhorar o que nós temos com relação a tecnologia”.

 

 

 

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