Entenda porque eleição a prefeito de Brusque não tem segundo turno

Votos nulos ou brancos não cancelam eleição e nem ajudam quem está ganhando

Entenda porque eleição a prefeito de Brusque não tem segundo turno

Votos nulos ou brancos não cancelam eleição e nem ajudam quem está ganhando

A eleição de setembro que elegerá prefeito e vice de Brusque não terá segundo turno. Sendo assim, os eleitores da cidade não precisam voltar às urnas mais uma vez no mês seguinte. A cidade conhecerá o novo prefeito e vice no dia 3 de setembro, após às 17h.

Diferente das eleições para escolha de governador e presidente, todas as eleições para prefeito de Brusque não têm segundo turno. Em 2020, por exemplo, quando Ari Vequi foi eleito prefeito, a eleição ocorreu também em turno único, ou seja, uma única ida dos eleitores às urnas.

Em Santa Catarina, somente três cidades elegem prefeito em dois turnos: Joinville, Florianópolis e Blumenau. São os três maiores municípios do estado. A legislação prevê que o segundo turno seja realizado somente em cidades que tenham mais de 200 mil eleitores.

Brusque, na ocasião, não possui esta quantidade nem quando se trata da população total. De acordo com o Censo, o município tem pouco mais de 141 mil habitantes. Conforme o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), são 94,8 mil eleitores aptos a votar em Brusque, menos da metade do necessário para realização de segundo turno.

Até São José, que é a quarta maior cidade de Santa Catarina, não possui segundo turno em eleições para prefeito. O município conta com 186 mil eleitores aptos a votar, menos do que o número determinado.

Votos nulos e brancos não anulam eleição

Os votos nulos e brancos têm a mesma função: demonstrar insatisfação do eleitorado quanto aos candidatos. É apenas isso. Nenhum dos dois é capaz de anular uma eleição e também não beneficiam o candidato que está ganhando a disputa.

O que conta mesmo para definir quem será eleito são os chamados votos válidos. Os votos válidos desconsideram os votos nulos e brancos. Sendo assim, não há influência alguma da escolha do eleitor que quiser anular o voto ou apertar a tecla branco no resultado da eleição.

Turno único e segundo turno

Em uma eleição de turno único, como é o caso da eleição a prefeito de Brusque, o candidato vencedor é eleito pela maioria dos votos válidos. Em eleições com segundo turno, os dois candidatos que tiverem mais votos no primeiro turno disputam um contra o outro em uma nova votação.

A exceção em cidades que possuem segundo turno é quando o candidato que tiver mais votos soma “50% + 1 voto” dos votos válidos no primeiro turno. Se o candidato chega a esta votação, que representa mais da metade dos votos, ele é eleito prefeito já no primeiro turno.

A situação aconteceu em Florianópolis nas eleições de 2020. O município não teve segundo turno, pois então candidato Gean Loureiro contou com 53,46% dos votos válidos no primeiro turno. Confira os exemplos:

Cenário 1: eleição em turno único

Candidato A: 35% dos votos válidos (eleito)
Candidato B: 15% dos votos válidos (não eleito)
Candidato C: 10% dos votos válidos (não eleito)

Cenário 2: eleição com segundo turno

Primeiro turno:
Candidato A: 35% dos votos válidos (vai ao segundo turno)
Candidato B: 25% dos votos válidos (vai ao segundo turno)
Candidato C: 10% dos votos válidos (não eleito)

Segundo turno:
Candidato B: 55% dos votos válidos (eleito)
Candidato A: 45% dos votos válidos (não eleito)

Cenário 3: eleição com segundo turno (exceção)

Primeiro turno:
Candidato A: 50,1% dos votos válidos (eleito)
Candidato B: 25% dos votos válidos (não eleito)
Candidato C: 20% dos votos válidos (não eleito)

Segundo turno:
Não é realizado


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