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Entidade e sindicatos de Brusque comentam sobre funcionamento de lojas e empresas durante jogos da Copa do Mundo

Jogos acontecem entre novembro e dezembro deste ano; prefeitura atenderá em horário diferenciado nos dias das partidas

Com os jogos da Copa do Mundo se aproximando, a população começa a planejar onde assistir as partidas do Brasil. Na fase de grupos, o time brasileiro já tem jogos agendados contra Sérvia e Camarões, às 16h, e com a Suíça, a partir das 13h.

Como os jogos acontecem no horário de expediente do comércio e da indústria, muitos funcionários fazem acordo com os empregadores para acompanharem o Brasil. Enquanto alguns locais dispensam os funcionários no horário do jogo, outros permanecem abertos e disponibilizam telões para que colaboradores e clientes possam ver o jogo ali mesmo.

O jornal O Município buscou as entidades, sindicatos e o setor público para saber quais são as orientações aos empresários e funcionários durante o período dos jogos do Brasil na Copa do Mundo.

Setor público

De acordo com o juiz Edemar Leopoldo Schlosser, o Tribunal de Justiça ainda não definiu se nas datas dos jogos haverá ponto facultativo ou se o trabalho será suspenso. A divulgação deve ocorrer mais próximo da data.

De acordo com o decreto da Prefeitura de Brusque, o expediente das repartições públicas, autarquias e fundações funcionará em dois formatos. Nos dias em que a partida acontecerá a partir das 13h, o horário de atendimento será das 8h às 12h; e quando os jogos iniciarem às 16h, o funcionamento será das 8h às 15h.

Os horários não se aplicam para os serviços considerados essenciais, que funcionarão em regime de plantão. O expediente das unidades educacionais do município nos dias dos jogos observará o calendário escolar estabelecido pela Secretaria de Educação.

Acordo é a melhor opção

Alcir Otto, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Brusque, comenta que a decisão sobre manter o estabelecimento aberto ou não durante os jogos depende de cada empresa. “É uma negociação entre cada patrão e colaborador, cada um opera de uma forma”.

Ele salienta que a CDL respeita o associado que pode escolher o que for melhor dentro da realidade do estabelecimento. Otto afirma que há lojas que ficam abertas durante o horário dos jogos e disponibilizam um telão para que os colaboradores possam acompanhar as partidas e o cliente também.

No entanto, há locais que optam por fechar durante o jogo por não ter procura de clientes, reabrindo após o término da partida. Segundo ele, muitas pessoas também se adiantam para fazer as compras, tendo em vista que o local poderá fechar durante as quase duas horas de jogo.

Apesar da Copa acontecer em um período atípico do ano, entre novembro e dezembro, o presidente acredita que ela continuará servindo como um grande incentivo ao comércio. “Motiva bastante o comércio. Temos as vendas de bandeiras, camisas, fogos, pipocas, entre outros. É uma grande festa, o futebol sempre foi uma festa, então estamos com boas expectativas”, enfatiza Otto.

De acordo com cada realidade

O presidente do Sindicato do Comércio Varejista e Atacadista de Brusque, Botuverá e Guabiruba (Sindilojas), Marcelo Gevaerd, diz que a orientação é para que os dois lados procedam com “bom senso”. Ele também recomenda que seja realizado um acordo com os colaboradores, “seguindo o que está na convenção”.

Ele cita que há pessoas que não se importam com os jogos e outros que têm obrigações, como, por exemplo, buscar os filhos na creche. Por isso, na visão do presidente do sindicato, a melhor opção é que cada empresário busque um acordo com os colaboradores. Marcelo ainda incentiva que os locais que optarem por abrir, coloquem uma televisão para que os funcionários e clientes acompanhem o jogo.

Possíveis impactos

Alexandre Zen, presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e do Material Elétrico de Brusque (Simmebr), comenta que devido ao horário dos jogos as empresas que aderirem à paralisação devem sentir alguma redução no volume de produção.

No entanto, ele salienta que as empresas terão livre arbítrio para encontrar a melhor forma para situação com os colaboradores, seja com a suspensão do serviço durante o período do jogo ou disponibilizando algum recurso para que possam acompanhar no local.

“O Simmeb não estará repassando qualquer orientação específica quanto aos jogos. As empresas que eventualmente necessitarem de alguma orientação jurídica, poderão procurar o sindicato para esclarecimentos”, diz.

Ele salienta que o sindicato é formado por empresas que possuem cinco colaboradores e outras com mais de 800 funcionários. Sendo assim, “as regras devem e podem ser definidas pelas empresas, desde que sigam a legislação em vigor”.

O presidente do sindicato também explica que a convenção coletiva estabelece e regulariza o banco de horas, que poderá ser utilizado entre as empresas e colaboradores nesses casos específicos.

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