Bruno da Silva

Entidades de Brusque defendem maior fiscalização para combater crescimento da Covid-19

Presidentes de Acibr, CDL e Sindilojas destacam importância do equilíbrio entre saúde pública e econômica da cidade

Com o crescimento acelerado dos casos de Covid-19 em Brusque, o poder público está analisando novas medidas restritivas para tentar achatar a curva de contágio.

O comércio de rua, que ficou fechado na cidade entre 19 de março e 13 de abril, pode sofrer novas restrições por causa da disparada nos casos. De lá para cá, o número de casos na cidade passou de 16, no boletim de 12 de abril, para mais de 1,5 mil segundo números atualizados da prefeitura.

Para a presidente da Associação Empresarial de Brusque (Acibr), Rita Conti, a intensificação na fiscalização de atividades particulares, como festas e bares, mas que é necessário levar em conta a situação dos empresários.

“Tem que ter um equilíbrio do econômico com a saúde. Sempre fomos ponderados. Se nós fizermos nossa parte, o comércio e a indústria, a gente pode superar essa grande barreira da pandemia na nossa cidade, mas com a consciência de todos. Achei muito coerente a restrição do horário do comércio. Temos que dar apoio ao poder público, respeitando sem nossas empresas, para que elas possam trabalhar, de forma organizada”.

Ela destaca que as entidades estão sempre em contato entre si e com o poder público para conscientizar a população em relação à importância de seguir as medidas de segurança.

“Estamos fazendo uma grande campanha também com nossos colaboradores. Agora é hora de solidariedade, estamos vivendo um momento delicado, temos que tirar o pé do acelerador para conseguir manter os nossos empregos”.

O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Brusque, Fabricio Zen, vai na mesma linha. Ele reforça a necessidade de medidas mais restritivas para o controle da pandemia, mas não acredita que o fechamento do comércio seja a saída.

“Acreditamos na aplicação de regras de limitação de pessoas por espaço físico e uma rígida fiscalização tanto nas empresas, quanto espaços públicos e aglomerações privadas”.

Zen destaca que os empresários estão tomando os cuidados, adotando trabalho em regime home office quando possível e seguindo as medidas de segurança adotadas pelas autoridades. “Nossos empresários sabem da importância de fazer a sua parte para que suas empresas continuem abertas, seguindo protocolos de segurança, e isso é muito nítido”.

Para o presidente da CDL Brusque, o fechamento do comércio seria uma medida injusta para os comerciantes.

“É muito triste pensar que o comércio pode pagar novamente pela falta de eficiência de nossos governantes, em especial o governo do estado de Santa Catarina que teve tempo bastante para preparar nossos hospitais para a demanda que sabíamos que viria. Estamos sempre abertos ao diálogo com o poder público municipal, que vem fazendo tudo dentro do possível para manter o equilíbrio entre a saúde pública e a saúde econômica e financeira da cidade”.

O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Brusque, Botuverá e Guabiruba (Sindilojas), Marcelo Gevaerd, acredita que as empresas estão cumprindo as recomendações e de que não são o grande foco de contaminação da doença na cidade.

“Todas as entidades têm a mesma ideia, estamos preocupados, mas acreditamos que a população tem que se conscientizar, não acreditamos que no comércio está acontecendo (a transmissão de Covid-19). Festinhas não podem acontecer de jeito nenhum, as pessoas têm que tomar todos os cuidados e seguir as recomendações quando sair”.