Entidades de Brusque emitem manifesto a favor da liberdade de expressão dos empresários
Nesta semana, o empresário brusquense Luciano Hang foi proibido pela Justiça do Trabalho de pedir votos a seus funcionários
A Associação Empresarial de Brusque (Acibr), a Câmara de Dirigentes Lojistas de
Brusque (CDL), a Associação das Micro e Pequenas Empresas de Brusque e Região
(AmpeBr), o Sindicato do Comércio Varejista e Atacadista de Brusque, Botuverá e Guabiruba (Sindilojas), o Sindicato Patronal das Indústrias do Vestuário de Brusque e Região (Sindivest), e o Sindicato das Indústrias da Construção e do Mobiliário de Brusque (Sinduscon) emitiram uma nota manifestando “preocupação a qualquer forma de censura a liberdade de expressão, especialmente no tocante as manifestações que guardem relação com o processo eleitoral”.
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Na nota, as entidades afirmam que “este é o momento adequado para o debate político através da livre expressão de opiniões e ideias, contribuindo com o processo democrático de escolha dos nossos próximos governantes”.
O texto diz ainda que “a liberdade de expressão é um direto assegurado legalmente a qualquer cidadão, não excluídos deste rol os empresários que ajudam a construir um país cada vez melhor, com coragem e espírito empreendedor, dando valorosa contribuição a toda sociedade brasileira, pelo que suas manifestações de opinião e pensamento têm proteção constitucional, não podendo ser repreendidas ou censuradas”.
“Assim, vimos por meio desta, manifestar pleno apoio à liberdade de expressão a todos
os empreendedores, e em especial aos nossos associados, certos que assim estamos
cumprindo nosso mister e contribuindo com o processo democrático eleitoral, com o exercício plena da cidadania, e com a certeza de um futuro melhor para o nosso país”, finaliza o texto.
A nota tem relação com o caso do empresário Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan. Nesta semana, o brusquense foi proibido pela Justiça do Trabalho de pedir votos para o candidato presidência da República, Jair Bolsonaro (PSL), aos seus funcionários.
A determinação veio após o Ministério Público do Trabalho (MPT) receber uma série de denúncias contra o empresário, que supostamente, estaria coagindo os funcionários a votar em seus candidatos.
Na decisão, o juiz determina que Hang divulgue, em sua rede social e da Havan, vídeo cujo teor deve se restringir à leitura da decisão judicial, também como forma de cientificar todos os empregados sobre seu conteúdo.
O juiz fixou multa de R$ 500 mil em caso de descumprimento de qualquer uma das medidas.