Entidades de Brusque estudam oferecer benefícios aos policiais militares
Criação de uma bolsa de estudo para os filhos dos profissionais é uma alternativa analisada pela CDL e Acibr
A Câmara de Dirigentes e Lojistas (CDL) e a Associação Empresarial de Brusque (Acibr) se uniram para estudar maneiras de oferecer benefícios aos policiais militares. A intenção é fazer com que os profissionais da segurança tenham mais qualidade de vida e, assim, se mantenham no município. Entre as possibilidades analisadas está a criação de uma bolsa de estudo para os filhos.
O presidente da CDL, Michel Belli, explica que nos próximos dias deverá conversar com as outras entidades e escolas para conseguir mais apoio. “Essa ideia surgiu com a vinda da Escola de Formação de Soldados. Como virão diversos policiais de fora fazer o curso na cidade, pensamos em oferecer algo que os fizessem ter vontade de permanecer aqui”, explica.
Inicialmente, surgiram diversas ideias, dentre elas foi de oferecer um desconto de 50% em mensalidade em um clube esportivo. Porém, Belli conta que ao analisar melhor, a equipe percebeu que um benefício ao estudo dos filhos seria mais atrativo. “Nosso problema no município sempre foi a questão do efetivo, então pensamos numa forma de agradar para fazer com que o policial queira ficar na cidade para manter um bom número de efetivo”, explica.
A ideia ainda está sendo amadurecida, por isso, não há nenhuma confirmação. “Nós, entidades privadas do município, estamos sempre pensando no coletivo e de que forma podemos ajudar o poder público. Essa é mais uma forma e, logicamente, isso repercute na segurança pública da cidade”, diz o presidente da CDL.
O comandante da PM, tenente-coronel Moacir Gomes Ribeiro, acredita que toda forma de reconhecimento ao policial militar é positiva e bem-vinda. “Com a tentativa e a intenção da busca e melhoria da qualidade de vida ao policial que as entidades fazem há muito tempo, nós nos sentimos confortáveis e alegres”, afirma.
Gomes revela que ano passado, antes de saber a quantidade de novos soldados que o 18º Batalhão da PM receberia, havia ocorrido algumas transferências, o que o deixou bastante angustiado. Hoje, 80% do efetivo é de fora de Brusque e, por isso a dificuldade é notória em relação a transferência da família, filhos em novos colégios, aluguel, afastamento de familiares e o custo de vida no município. “Além do estresse e desgaste emocional do próprio policial, cria naturalmente uma vontade de retornar ao local de origem para que possa ficar mais próximo da família e ter o custo de vida menor”, diz.
Como forma de compensação e formas de amenizar os custos de transferência de cidade, buscou-se alternativas. Para o comandante, se realmente algum benefício for conseguido, trará bons reflexos no serviço que o profissional desempenhará na rua. “Ao melhorar a qualidade de vida dos policiais pela tranquilidade com relação ao bem-estar da família, certamente eles demonstrarão na rua o reconhecimento e a gratidão pela sociedade que o abriga”.