Entidades elencam prioridades para o próximo prefeito de Brusque
Entre os destaques estão saúde, saneamento básico, infraestrutura e assistência social
Entre os destaques estão saúde, saneamento básico, infraestrutura e assistência social
A partir de 1º de janeiro de 2021, começa uma nova gestão na Prefeitura de Brusque. O novo prefeito terá quatro anos para cumprir suas promessas de campanha e dar o seu melhor para que a cidade cresça e se desenvolva de forma transparente, sustentável e oferecendo o melhor para a população.
A cada novo governo, novas prioridades são eleitas. Mas afinal, quais devem ser as prioridades de Brusque nos próximos anos?
O Município consultou entidades de classe da cidade em busca da resposta. Associação Empresarial de Brusque (Acibr), Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Sindilojas, Fórum Sindical, Observatório Social de Brusque e Associação das Micro e Pequenas Empresas (Ampebr) elegeram quais devem ser as prioridades da próxima administração municipal. Confira.
A presidente da Acibr, Rita Cassia Conti, afirma que o Conselho das Entidades deve elencar 12 temas que devem ser prioritários para o próximo prefeito. O documento será entregue aos candidatos em um painel que será realizado nas próximas semanas.
Entre as três prioridades, a empresário destaca o diálogo, mobilidade urbana e saneamento básico.
Rita afirma que o diálogo com as entidades é fundamental para que o município se desenvolva. “Queremos que a Acibr e as demais entidades continuem participando dos conselhos, que tenha voz ativa. Isso é muito importante. Já tivemos um período em que o gestor vetou essa participação e isso não é bom. Queremos continuar tendo esse bom relacionamento, sempre presente junto com o gestor público”.
A segunda prioridade na visão da Acibr deve ser a mobilidade urbana. “A mobilidade urbana é fundamental para o crescimento da cidade. Envolve desde o transporte público, até os acessos a todas as nossas indústrias, Beira Rio, acesso para Guabiruba e Botuverá”.
Por fim, a presidente da Acibr avalia que o próximo prefeito deve dar atenção especial ao saneamento básico. “Precisamos evoluir nesta questão do saneamento básico. Uma cidade não pode se desenvolver sem ter tratamento de esgoto. Essa é uma das grandes prioridades porque traz qualidade de vida para o cidadão”.
O presidente do Observatório Social de Brusque, Claudemir Marcolla, destaca três prioridades para que o próximo prefeito leve em consideração na hora de planejar suas ações.
A primeira prioridade é acabar com a troca de cargos comissionados por apoio ao executivo. “O Observatório Social é demasiadamente contra o uso indevido de ocupação de cargo comissionado como moeda de troca para que o executivo receba apoio de vereador e/ou partido político”, diz.
A entidade espera que o próximo gestor promova a meritocracia dentro do setor público, aproveitando ao máximo os funcionários efetivos para os cargos de liderança e estratégicos. “Que as contratações de comissionados sejam pautadas em critérios técnicos, sempre pensando no bem da coletividade e nunca nas conveniências político-partidárias”.
O Observatório Social também espera que o próximo gestor mantenha o trabalho de transparência das contas e compras públicas. “Caberá à nova gestão manter o portal da transparência acessível a qualquer cidadão, com informações dispostas em tempo real e de fácil navegação”.
Outra prioridade para o Observatório Social é que o próximo gestor valorize o comércio local, publicando medidas para implantação de licitações sustentáveis e de benefícios às empresas regionais.
A CDL e o Sindilojas destacam duas questões que devem ser prioridade para a próxima gestão: pessoas em situação de rua e vendedores ambulantes.
O presidente da CDL, Fabrício Zen, afirma que a questão dos moradores de rua é uma discussão antiga da entidade. “Ficamos sempre entre a cruz e a espada, pois é uma situação muito delicada”.
Ele observa que além de ser uma situação de muita vulnerabilidade para quem está nessas condições, o comércio também sofre com os andarilhos que dormem em frente aos estabelecimentos.
“O poder público precisa tomar providências para oferecer a estes indivíduos a opção de tratamento para retornar o mais rápido possível para a sociedade, seja por meio de ação individual ou parceria público/privada. O que não podemos mais aceitar é termos pessoas ‘jogadas pelas calçadas’ de nossos municípios sem o mínimo de assistência social, até porque nossa legislação não abre muito espaço para o trabalho dos assistentes sociais”.
Zen afirma que políticas públicas de Assistência Social baseadas em casos de sucesso de outros municípios podem ser o caminho para Brusque.
Outro ponto levantado pelas duas entidades é o dos vendedores ambulantes. “É inadmissível em pleno Centro de Brusque ambulantes venderem produtos sem nenhuma procedência, sem arrecadar impostos, colocando em risco o consumidor e ainda competindo diretamente com quem paga alta carga tributária, gera emprego e desenvolve o município”, diz Zen.
De acordo com ele, a prefeitura precisa amparar quem contribui legalmente com seus impostos e deve propor políticas públicas de combate ao mercado ilegal no Centro de Brusque, “evitando que muitas pessoas venham de outros municípios comercializar produtos de procedência duvidosas à nossa população”.
Para o presidente do Fórum Sindical de Brusque, José Isaías Vechi, o próximo prefeito deve priorizar a melhoria da saúde em primeiro lugar. “Precisamos de mais agilidade com relação às consultas com especialistas, a modernização das unidades básicas de saúde e agilidade no atendimento hospitalar de urgência e emergência e também de cirurgias”.
O sindicalista avalia que a prefeitura deve priorizar também a criação de projetos para geração de emprego e renda. “A cidade vem crescendo cada vez mais e é necessário projetos para instalação de empresas em vários setores, com incentivos que tornem a cidade atraente”.
O Fórum Sindical também prioriza a infraestrutura do município como um todo. “Temos muita necessidade de melhoria na malha viária da cidade e também precisamos de projetos para a abertura de novas estradas para melhorar a mobilidade urbana”.
O presidente da Ampebr, Ademir José Jorge, afirma que entre as prioridades da próxima gestão devem estar o apoio, incentivo e fomento às micro e pequenas empresas da cidade.
A entidade também sugere a transformação do Plano de Desenvolvimento Econômico Municipal (Pedem) em lei. Para ele, o próximo prefeito também deve ter o “compromisso de fomentar e acompanhar o desenvolvimento econômico da cidade para os próximos anos e promover a melhoria da qualidade de vida de toda a população”.
A entidade também vê como prioridade a resolução do problema dos moradores de rua em Brusque.