Entidades pedem “sobra” da Câmara de Brusque para consertar mamógrafo da Rede Feminina
Prefeitura, no entanto, diz que não é possível repassar o dinheiro
Prefeitura, no entanto, diz que não é possível repassar o dinheiro
Entidades de Brusque protocolaram um pedido na semana passada para que o dinheiro não gasto da Câmara de Vereadores em 2019, que retorna aos cofres da Prefeitura de Brusque neste fim de ano, seja utilizado para consertar um mamógrafo da Rede Feminina de Combate ao Câncer, que fica no Hospital Azambuja.
A solicitação foi apresentada na sessão da Câmara na terça-feira, 10. O pedido foi realizado pela Associação Empresarial de Brusque (Acibr), Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) e pelo Sindicato do Comércio Varejista (Sindilojas) de Brusque.
A presidente da Acibr, Rita Conti, explica que a ideia surgiu em uma reunião entre as entidades, na qual a Rede Feminina também participou. Na ocasião, os representantes destes grupos se encontraram com deputados para tratar de diversos assuntos.
A Rede informou que o mamógrafo utilizado pela entidade está quebrado há mais de 30 dias. Na conversa, surgiu a ideia de pedir a “sobra” da Câmara para custear o conserto, de aproximadamente R$ 7 mil.
“Por uma questão de burocracia muitas mulheres estão fazendo seus exames em outro local e a Rede Feminina pagando por isso. A gente não achou justo”, comenta Rita.
O prefeito em exercício, Ari Vequi, diz que não é possível direcionar o dinheiro para o conserto por questões burocráticas.
Ele explica que o dinheiro que retorna ao município vai para o “caixa único” e não tem como fazer a doação sem passar por diversos trâmites, o que neste ano não tem mais tempo hábil de realizar porque o serviço público entra em recesso e o valor chega aos cofres no dia 31 de dezembro.
Vequi esclarece que o convênio com o Hospital Azambuja, onde o mamógrafo fica, e o convênio com a Rede não contemplam a manutenção de aparelhos.
“A gente pode ajudar, agora o problema é de que maneira. O mamógrafo não é da prefeitura, é da Rede Feminina de Combate ao Câncer. E como é que nós vamos consertar um equipamento que não é nosso?”, diz Vequi.
Ele afirma que para a doação é necessário fazer um novo convênio, o que só pode ser realizado em 2020.