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Entorno da Antônio Heil concentra focos de dengue

Brusque tem 33 focos do mosquito, encontrados principalmente em lixões formados em terrenos baldios

A Vigilância Epidemiológica de Brusque contabilizou até agora 33 focos do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, no município. Os focos estão distribuídos no Centro II, Cedrinho, Santa Rita, Santa Terezinha, Nova Brasília, São Luiz, Bateas e Steffen. Com isso, em um mês, o município teve sete novos focos encontrados.

“Os focos estão se concentrando nas mesmas regiões, principalmente nas proximidades da rodovia Antônio Heil, onde pega a extensão do Santa Rita, Santa Terezinha e Nova Brasília”, diz a coordenadora do programa de controle da dengue, Fernanda Lippert.

O número de casos confirmados da doença no município permanece em quatro, todos considerados pela Vigilância Epidemiológica como importados. “Nenhum dos pacientes contraiu a doença em Brusque, todos viajaram e somente desenvolveram o vírus aqui”, explica.
No entanto, a preocupação com a doença continua em Brusque, principalmente, por causa do aumento no número de focos. “Aumentamos os focos, mas não o número de casos, mesmo assim, é preocupante. Ainda precisamos da ajuda da população”, destaca.

Fernanda afirma que hoje, os focos estão sendo encontrados, principalmente, em terrenos baldios, que se transformam em lixão. “Deu uma diminuída nas denúncias, mas o nosso problema ainda é a questão do lixo em terrenos baldios. A maioria dos focos são encontrados em locais assim, a população precisa se conscientizar sobre isso, não podemos jogar o lixo em qualquer lugar, porque pode se transformar num local ideal para a criação do mosquito”.

Com a queda na temperatura, Fernanda espera que o número de focos em Brusque se estabilize, porém, ela lembra que só o frio não basta para acabar com o mosquito. “Espero que dê um frio intenso para dar uma diminuída nos focos, mas mesmo assim, se a população continuar jogando lixo em terrenos baldios, a tendência é aumentar os focos. Não é apenas o simples ato de secar os reservatórios de água parada que irá impedir o mosquito da dengue de se reproduzir. É preciso limpar o local também, pois o ovo ainda pode ser manter vivo por mais de um ano sem água., com isso, pode acabar nascendo mais mosquitos no inverno”.

Hoje, o programa de combate à dengue está com 11 agentes, e o trabalho segue em ritmo intenso, principalmente devido à proximidade com Itajaí. “O nosso trabalho é intenso, não podemos diminuir a guarda, ainda mais com a situação de Itajaí. Muitos pacientes que vão para lá, acabam voltando com suspeita da doença, por isso, é importante continuar o trabalho, mesmo com a chegada do frio. Ainda precisamos da ajuda da população, principalmente no sentido de manter o seu pátio e terrenos baldios próximos, limpos”.