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Envolvido na morte do cabo Everaldo, em Guabiruba, é condenado a 23 anos de prisão

Rafael Fantoni foi preso em março deste ano em operação conjunta da DIC de Brusque e Deic

O juiz Edemar Leopoldo Schlösser, da Vara Criminal de Brusque, condenou nesta sexta-feira, 19, Rafael Fantoni, 30 anos, a 23 anos e quatro meses de prisão e multa pelo crime de latrocínio. 

Ele é um dos envolvidos na morte do policial Everaldo Soares de Campos, ocorrido em setembro de 2017, em Guabiruba.

Fantoni foi preso no dia 7 de março deste ano, em Balneário Piçarras, após denúncia anônima sobre sua localização e ação integrada da Divisão de Investigação Criminal de Brusque (DIC) e Divisão de Roubos e Anti-sequestro da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic).

De acordo com as investigações, Rafael Fantoni dirigia o Prisma branco – um dos veículos utilizados pelos assaltantes na fuga. Na sentença, o juiz negou a Rafael Fantoni o direito de recorrer em liberdade.

Condenados em 2018
Dos nove envolvidos no crime, um morreu: Lucas Ribeiro, 22, ainda durante a fuga. Além de Rafael, outros seis envolvidos estão presos. Desses, quatro já foram condenados.

Alessandro Lussoli, 42, o motorista do caminhão que ajudou na fuga, foi condenado às penas de 20 anos de reclusão, em regime fechado, e multa. Ele foi contratado por R$ 8 mil e foi preso poucos dias após o crime.

Mário Sérgio Fausti, o Magrelo, 46, teve pena de 30 anos em regime fechado, além de multa. Ele havia sido preso em Curitiba, em dezembro de 2017. Magrelo é indicado como um dos mentores do crime, junto com Olmiro Severo, o Miro, 44, e Rafael Fantoni. Fausti e Miro fizeram os pagamentos, limpeza dos veículos e dividiram os lucros do roubo.

Jhonatan Machado, com 18 anos na época e Lucas Ribeiro, que morreu durante a ação, fizeram os disparos contra o cabo da PM. Com isso, Machado cumprirá pena de 23 anos e quatro meses, mais multa. Ele foi preso em Florianópolis, em outubro de 2017. Nenhum dos condenados têm direito a recorrer em liberdade.

O caso
Everaldo Soares de Campos morreu em 11 de setembro de 2017, aos 42 anos, no Hospital Azambuja. Ele foi baleado sete vezes, na rua Vereador Érico Trupel, no Centro de Guabiruba, por volta das 10h30, próximo à entrada da cooperativa de crédito Viacredi.

O cabo Everaldo, como era conhecido, não estava de serviço no momento do crime. Ele chegava na agência com um malote quando foi alvejado pelos criminosos, em serviço que costumava fazer independente da Polícia Militar.

Após os disparos, os criminosos fugiram com o dinheiro em um veículo HB20 branco. O veículo foi localizado em uma transversal da rua José Dirschnabel, sentido bairro Guabiruba Sul, no fim da manhã. No total, nove envolvidos haviam sido identificados já em outubro de 2017.

Os criminosos haviam saído armados do Hyundai HB20 com placas clonadas. Eles usavam balaclavas e coletes à prova de bala. Na fuga, parte do grupo que participou do crime trocou o carro utilizado na fuga por um caminhão. O motorista do HB20 era aguardado por  Rafael Fantoni em um Chevrolet Prisma.

Assim, os criminosos fugiram em dois grupos e se reencontraram no pátio de uma empresa no bairro Bateas, em Brusque. De acordo com a Polícia Civil, Lucas Ribeiro, de 22 anos, morreu durante a fuga após ter atirado acidentalmente na própria perna. Ele foi abandonado pelos comparsas às margens da BR-101, no bairro Brilhante, já em Itajaí.

O Corpo de Bombeiros, que socorreu o policial, identificou sete perfurações: duas na região pubiana, uma no joelho direito, quatro entre o abdômen superior e o tórax inferior (região de fígado, baço, pâncreas, estômago, pulmões).