Equipe de Brusque se garante em torneio nacional de robótica
Tecnorob Evolution está qualificada para disputa que reunirá mais de 100 equipes de todo o país
A equipe de robótica Tecnorob Evolution, do Sesi/Senai de Brusque conquistou uma das seis vagas para a etapa nacional do torneio da First Lego League (FLL). A equipe recebeu o troféu pela programação do robô, e o bom desempenho durante o torneio regional que iniciou na sexta-feira, 7, em Jaraguá do Sul, garantiu vaga para a disputa nacional que será realizada em São Paulo, de 6 a 8 de março, e reunirá 100 equipes de todo o país.
O tema da temporada recebeu o nome em inglês de ‘City Shaper’ (modelador de cidade, em tradução livre) e desafia os participantes a criar soluções sustentáveis e inteligentes para a vida na cidade. A equipe Tecnorob Evolution desenvolveu um projeto voltado à inclusão.
O objetivo é instalar em faixas de pedestres com Pontos Auxiliares de Travessia Segura (Pats), que consistem em sensores acionados por deficientes visuais para alertar motoristas e pedestres. A intenção é que os Pats sejam instalados também em ruas de bairros, por onde os deficientes visuais circulam com mais frequência.
“Estamos muito felizes e empolgados, mas agora temos algumas coisas pra fazer nesse mês. No projeto de inovação a gente quer implementar a nossa solução, que é o Pats. No robô tivemos algumas dificuldades e vamos procurar fazer alguns ajustes, além de continuar trabalhando os nossos valores e o nosso trabalho em equipe”, destacou o técnico da equipe, Cláudio Lima Rhenns.
Rhenns lembrou ainda a evolução dos estudantes, que ingressaram na equipe em julho do ano passado e participaram de apenas duas competições que serviram como preparação para o torneio.
O resultado está na avaliação dos próprios membros da equipe. “A gente conseguiu avançar no projeto de inovação e também compartilhar com mais pessoas, o que ajudou bastante no nosso diálogo de apresentação”, lembrou o membro da Tecnorob, Henrique Dorow, que estuda no Sesi Escola.
“A temporada ensinou a me concentrar mais, criar mais amizades e a me divertir, descontrair”, completou Vinícius Buttchewitz, do 7º ano, também do Sesi de Brusque.
A equipe Tecnorob Evolution é formada ainda pelos estudantes Vinicius Bueno Lopes, de 13 anos e Sofia Rainert Mafra, de 14. A supervisão é da professora Rosani Pereira Marcarini.
Além de Brusque, também conquistaram vagas as equipes Agrorobots, de Concórdia, que ficou com o primeiro lugar, seguida da equipe Os Aliemons, de Timbó e Carvoeiros Robots, de Criciúma. As equipes Techmaker, de Blumenau e Little Builders, de Rio do Sul também estarão no nacional.
Em Santa Catarina, 36 equipes de escolas públicas, privadas e da rede Sesi/Senai participaram do torneio, representando 23 municípios. A realização do evento contou com o apoio de 100 voluntários, entre eles, colaboradores da Weg e 50 juízes. Cerca de 1,5 mil pessoas passaram pelo evento.
A analista de desenvolvimento industrial do departamento nacional do Sesi, Izabel Cristina Alves de Sousa, comentou a importância do evento, que desafia escolas a repensarem a atualizarem seus currículos. “Esse aprendizado todo, conquistado no torneio, fica para vida. Carreguem com vocês”, disse.
A competição
Os estudantes são avaliados em quatro categorias. Uma delas é o Desafio do Robô, quando os estudantes colocam os robôs de Lego para cumprir determinadas missões. Para isso, o robô pode capturar, transportar, ativar ou entregar objetos na mesa de competição.
Os robôs, projetados e construídos pelos próprios alunos, também são avaliados na categoria Design do Robô. Os times podem utilizar sensores de movimento, cor, controladores e motores. Os juízes levam tudo isso em consideração, além da estratégia e programação.
Outra avaliação importante é o Projeto de Inovação. É quando os estudantes apresentam uma solução inovadora sobre o desafio da temporada. O projeto é apresentado para os outros competidores e o público visitante nos torneios de robótica, e será avaliado pelos juízes. Por fim, na categoria Core Values os estudantes precisam mostrar que sabem trabalhar em equipe, com inclusão, diversão e inovação.
Robótica nas escolas – Inserida nos currículos escolares, a robótica contribui para a formação dos estudantes, que passam a enxergar novas possibilidades de carreiras, como conta o professor Peterson Dirksen, técnico das equipes de robótica da Escola de Educação Básica Professora Anari Margarida Voltolini, de Pouso Redondo. “Temos alunos no ensino médio que participam da robótica e têm outra visão de mercado de trabalho. Um dos alunos não tinha considerado formação em áreas de tecnologia e robótica. Estamos tendo um ganho bem positivo”, avalia. Ele e mais dois colegas são voluntários em atividades no contraturno escolar.guá do Sul