Equipe luta para tornar São João Batista um polo do rugby em Santa Catarina
Time treinado por uruguaio busca apoio para sede própria e participação em novas competições
Time treinado por uruguaio busca apoio para sede própria e participação em novas competições
Desde 2017, São João Batista conta com uma equipe de rugby. São 32 atletas adultos, além das cerca de 25 crianças e adolescentes treinadas no município, por meio do projeto do Núcleo de Pesquisa Científica (NuPec), na Escola de Educação Básica Alice da Silva Gomes. O time tem como treinador o uruguaio Marcelo Meoqui, que idealizou o projeto.
Meoqui mora na cidade há sete anos. Amante do esporte, foi vivendo no município que descobriu uma equipe em Brusque, e começou a treiná-la. Porém, após um período, o time encerrou as atividades.
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Sem desistir do projeto, o uruguaio convidou atletas de Brusque e São João Batista para montarem o São João Batista Rugby. Atualmente, o time conta com atletas de três cidades: São João Batista, Brusque e Itapema.
Por duas vezes, o SJB Rugby disputou a Copa Norte – campeonato entre times menores. Em 2017, dos cinco times participantes, a equipe ficou com o 3º lugar. Já no ano passado, entre os oito participantes, o time conquistou a 2ª posição. “Perdemos o campeonato por apenas um ponto. Isso foi um avanço muito grande. Mostrou o quanto crescemos”, afirma o treinador.
Para este ano, Meoqui revela que a intenção é participar do Campeonato Catarinense. Caso conseguir boa colocação, a equipe vislumbra a participação no Campeonato Brasileiro Série B.
Além disso, o treinador projeta viajar com os atletas para o Uruguai em outubro, nas categorias adulto e juvenil. “Lá poderão jogar com o time de Punta Del Leste para se divertirem e ganharem mais motivação para os treinos. Mas precisamos de apoio para viabilizar a viagem”, afirma.
Sede própria
Atualmente, os treinos do rugby ocorrem às quartas-feiras e sábados para as crianças, e para adultos nas segundas-feiras e sábados. Para a prática do esporte, a Fundação Batistense de Esportes (Fube) sede o Estádio Municipal Valério Gomes Neto e também a estrutura da Escola de Educação Fundamental Alice da Silva Gomes.
Entretanto, o time já tem planos para a construção de uma sede própria. Recentemente, o responsável pelo setor administrativo da equipe, Carlos Bartolomeu da Silva, cedeu um espaço do terreno da família, no bairro Cardoso, para montar o espaço do SJB Rugby.
Ele explica que a concessão é por tempo indeterminado de uma área de aproximadamente 4 mil metros quadrados, que contempla um campo de futebol e um salão de festas. “O local ficou abandonado. Agora o time, com auxílio dos patrocinadores, fará toda a reforma necessária”.
A limpeza no campo já começou a ser feita. Na sequência, será feita a ampliação, pois atualmente está nos padrões de um campo de futebol suíço.
Benefícios
Com uma sede própria, a equipe ganha mais força e pretende tornar-se um polo para o rugby em Santa Catarina. Segundo o treinador, a Confederação Brasileira de Rugby (CBRU) realiza cursos e e oferece apoios para alavancar o esporte no país.
Entretanto, hoje esse auxílio está voltado para Florianópolis, que possui os melhores times do país, e também Lages, outro forte polo. “Com uma sede própria e estruturada, a CBRU vai trazer esses benefícios para São João Batista também. Poderemos oferecer cursos de arbitragens, entre outros. Isso vai chamar muitas pessoas a participarem conosco”, diz.
Esporte para família
O rugby é um esporte que preza muito pela segurança dos atletas. Aberto a todos os públicos, não impõe limitações relacionadas a condições físicas ou estatura. “É um esporte para a família participar e nós, como equipe, formamos também uma família”, diz o treinador.
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Ele conta que no rugby, além de jogos com dois tempos de 40 minutos, ao fim, a equipe faz o “terceiro tempo”. “Fizemos nossa confraternização, não somente com atletas, mas com todos os familiares, pessoas que vão nos acompanhar, e apoiadores”.
Com a sede própria, além da independência, a equipe poderá também aproximar a família e amigos do esporte. “Hoje o rugby é visto como um esporte violento, mas o contrário, pois em jogo se evita o contato com o adversário para poder marcar o ponto”, completa o uruguaio.