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Escavação em morro preocupa moradores do bairro Santa Rita

Obra, localizada na rua Marcílio Dias, causou alagamentos e poeira devido ao barro

A Fundação Municipal do Meio Ambiente (Fundema) recebeu três reclamações nos últimos dias referentes ao transtorno causado pela escavação de um morro localizado próximo à rua Marcílio Dias, no bairro Santa Rita. Os moradores reclamam da poeira e do barro causados pela obra. Além disso, o Município Dia a Dia também recebeu reclamações quanto a possíveis desmoronamentos no local.

Parente de moradores da região, um leitor, que preferiu não se identificar, diz que os cortes realizados no morro podem causar deslizamento de terra e que algumas pessoas estão apreensivas com a situação. Para o leitor, a Fundema não poderia autorizar intervenções como essa devido à inclinação dos cortes.

“Pra mim é uma bomba relógio bem clara. Já desceu bastante barro com as chuvas, então é questão de tempo até ter um deslizamento mais forte. Eles estão fazendo os cortes, mas não fazem a proteção. O morro está ficando totalmente fragilizado”, diz.

Na contramão do que afirma o leitor, o fiscal da Fundema, Faues Vinícius Medeiros, assegura que não há risco de deslizamentos no local já que a empresa responsável pela obra escava e, em seguida, compactua o local para firmar a terra. Medeiros também diz que a empresa tem autorização para realizar a intervenção e que a obra trata-se de uma rua de acesso às residências que estão localizadas acima do morro.

“As únicas reclamações que tivemos foram relacionadas ao barro e a poeira, mas já conversamos com o proprietário do terreno. Eles estão construindo dez caixas coletoras que vão ficar ao longo do trajeto da rua para receber as águas pluviais. Dessa forma a água não irá mais para as ruas Marcílio Dias e Sete de Setembro”, diz.

Em decorrência da intervenção, durante os dias de chuva forte, a água carrega terra para as duas ruas, entupindo bocas de lobo e causando alagamentos. Por meio do Facebook, moradores da região postaram fotos da sujeira provocada pela obra.

Proprietária de uma lavanderia localizada na rua Sete de Setembro, Ruth Bianchini diz que o principal problema é a poeira. Ela diz que, desde o início das intervenções, há cerca de um mês, não pode usar o varal da lavanderia.

“Não dá para estender as roupas porque ficam sujas. E tenho que tirar pó das peças que estão embaladas pelo menos três vezes ao dia. É muita poeira. Hoje [terça-feira] pelo menos, a prefeitura veio limpar a rua”, diz.

Em relação ao barro e à poeira, o fiscal da Fundema diz que o órgão acredita na funcionalidade das caixas coletoras e que continuará monitorando a situação.
A reportagem entrou em contato com o proprietário do terreno para comentar o assunto, mas não obteve retorno.