Escola Charlotte quer que a prefeitura dobre repasse para diminuir déficit nas contas
Presidente da instituição, diz que manter a unidade em funcionamento exige grande esforço das pessoas porque os custos são altos
Presidente da instituição, diz que manter a unidade em funcionamento exige grande esforço das pessoas porque os custos são altos
A Escola Charlotte – Núcleo de Yoga e Atividades Psicofísicas – enviou ofício à Câmara de Vereadores para solicitar que o poder público municipal aumente o repasse de recursos para a unidade educacional de R$ 4 para R$ 8 mil. A instituição é referência nacional no desenvolvimento de pessoas portadoras de Síndrome de Down.
“O nosso déficit mensal é de R$ 7 a R$ 8 mil a cada mês. Fazemos eventos e rifas para suprir essa diferença”, diz a presidente da escola, Susana Erthal Fischer.
A presidente da instituição, que atende dezenas de pessoas, diz que manter a unidade em funcionamento exige grande esforço das pessoas porque os custos são altos. A unidade funciona no Jardim Maluche, em uma sede alugada, e tem cinco professores. A estrutura já está ficando pequena, comenta Susana, por isso eles planejam se mudar para um novo espaço.
Apenas o aluguel atual custa R$ 2,5 mil para a escola, e ainda tem o custo com funcionários, materiais e outros gastos eventuais. Tudo isto totaliza um valor entre R$ 17 mil e R$ 19 mil. As receitas são oriundas de doações na conta da Celesc (R$ 2 mil), colaboradores (R$ 4,3 mil) e Prefeitura de Brusque (R$ 4 mil).
Escola em crescimento
Susana afirma que o maior objetivo da equipe da escola é conseguir iniciar a construção da nova sede – que também será localizada no Jardim Maluche. O terreno de 1,2 mil metros quadrados já foi comprado e só aguarda a finalização dos trâmites burocráticos para que as máquinas comecem a trabalhar. A nova estrutura terá quadra de esportes e mais espaço para os alunos. Outro fator gerador de custos é o quadro de funcionários. Segundo a presidente, hoje são cinco professores. Mas é necessário aumentar este número.
A meta da administração da escola é, então, começar 2016 poupando dinheiro para dar início à construção. Hoje, isto não é possível por causa do déficit de quase R$ 10 mil. “Com estes R$ 4 mil a mais, teremos um déficit de uns R$ 3 mil mensais, fora o aumento dos professores, que eu não estou colocando nesta conta”, diz Susana.
Ela afirma que só entrou em contato com a prefeitura por meio do ofício. “Não temos contato, não somos políticos nem fazemos este lobby. Não importa partido, tanto que nunca pedimos, mas como queremos construir, vamos ter que procurar ajuda de todos os lados para aumentar a receita”, diz Susana.
A Prefeitura de Brusque foi procurada pela reportagem, mas a assessoria de comunicação informou que o secretário de Assistência Social, Rodrigo Voltolini, ainda não recebeu o pedido da Escola Charlotte.